Associação apresenta projeto e deputados apoiam revitalização da feirona

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Nova feirona de Campo Grande contará com recursos provenientes de emendas parlamentares
18/10/2017 - 11:39 Por: Fabiana Silvestre   Foto: Victor Chileno

Deputados estaduais conheceram, nesta quarta-feira (18/10), o Projeto de Revitalização da Feira Central de Campo Grande e se colocaram à disposição para a parceria que viabilizará a obra. O presidente da Assembleia Legislativa, Junior Mochi (PMDB), lembrou que os parlamentares têm até dia 30 de outubro para apresentar emendas ao Orçamento 2018 do Estado e poderão destinar recursos para a feirona. "Trata-se de uma obra importante e, com certeza, seremos parceiros", afirmou.

A presidente da Associação da Feira Central e Turística de Campo Grande (Afecetur), Alvira Apel Soares de Melo, que representa 300 negócios e 1,1 mil trabalhadores, detalhou o projeto, que foi elaborado durante dois anos. "Nossa feira tem 95 anos, é patrimônio do município, mas há 13 anos não recebe qualquer tipo de reforma ou melhoria. Se nada for feito ela poderá acabar em dois anos, segundo avaliaram alguns especialistas. Precisamos torná-la mais atrativa, melhorar o sistema de exaustão, e garantir conforto e bem estar a quem nos visita e a quem trabalha no local", explicou. Outros 800 informais também dependem da feirona para a comercialização de produtos, como frutas e hortaliças. 

Segundo ela, o projeto contará com parceiros para a construção de um jardim japonês, espaço para exposições e shows e novo layout para os boxes onde são comercializados artesanatos. As culturas regional e nipônica estarão em destaque, com ícones alusivos aos povos indígenas e aos japoneses e descendentes que colonizaram a região, além de alameda cultural e revitalização da área gastronômica. O local onde era feito o giro das locomotivas e dos vagões que entravam para recuperação na oficina, também chamado de rotunda, deverá ser transformado em espaço cultural integrado à feirona.   

Alvira informou que o valor total da obra foi estimado em R$ 60 milhões, a serem viabilizados pela Lei Rouanet, que estimula o apoio da iniciativa privada ao setor cultural. Na prática, o Governo Federal abre mão de parte dos impostos que recebe de pessoas físicas ou jurídicas para que esses valores sejam investidos em projetos culturais que ajudam a transformar o cenário da comunidade.

Ela explicou que, com a aprovação do projeto no Ministério da Cultura (MinC), será possível captar recursos junto a pessoas físicas ou jurídicas para a execução. Posteriormente, a feirona poderá pleitear o título de Patrimônio Imaterial da União, na categoria Turismo - Lugares a se visitar. 

"Para tanto, é necessário elaborar o projeto arquitetônico e, nesse sentido, é que viemos buscar o apoio dos deputados", reforçou a presidente da Afecetur. Beto Pereira (PSDB) propôs que, por meio de emenda coletiva, a Casa de Leis contribua com R$ 250 mil. Caberá ainda ao Governo do Estado outros R$ 250 mil. A contrapartida de Prefeitura de Campo Grande será de R$ 10 mil. O montante deverá ser destinado à elaboração dos projetos básicos para apresentação ao MinC. "É uma obra singular, que encanta os olhos, e buscaremos auxiliar mobilizando os deputados", disse Beto Pereira. 

"A feira já melhorou quando foi para a região da Esplanada Ferroviária, mas é necessário aperfeiçoar especialmente as condições de acessibilidade e o estacionamento. Com certeza, apoiaremos essa revitalização tão importante", afirmou o 1º secretário da Casa de Leis, Zé Teixeira (DEM). Para a diretora-executiva de Projetos Executivos da Prefeitura, Catiana Sabadin, também será possível diversificar os produtos comercializados na feirona, estimulando a expertise de cada comerciante, além de integrar a região.

"A feira se alia à revitalização de toda a área central da cidade. É muito importante para a economia do nosso município", analisou. A Vila dos Ferroviários, Esplanada Ferroviária e o entorno são espaços tombados como patrimônio histórico e cultural e por isso foi necessário o aval do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) ao projeto, já obtido. 

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