Programa Vida Saudável fala de disfunção causada pela Covid-19

Imagem: Edição vai ao ar nesta segunda-feira e conta com a participação do médico otorrinolaringologista Alexandre Cury
Edição vai ao ar nesta segunda-feira e conta com a participação do médico otorrinolaringologista Alexandre Cury
21/06/2021 - 08:12 Por: Regiane Ribeiro   Foto: Arquivo Pessoal

Alguns dos sintomas mais comuns da Covid-19 são tosse seca, febre e cansaço. Dessa forma, o vírus, além de afetar o corpo durante a manifestação da doença, também conta com uma lista de possíveis consequências como a perda de olfato e paladar. O que poucos sabem é que o nome científico desta disfunção se chama parosmia. E para falar sobre esse fenômeno, o programa Vida Saudável que vai ao ar nesta segunda-feira (21), conta com a participação do professor Alexandre Cury, médico otorrinolaringologista e coordenador do curso de Medicina da Uniderp. 

A parosmia acontece pela chegada do vírus nas células e se dá pela ligação da proteína S (de spike, espícula) a receptores da enzima conversora da angiotensina 2 (ACE2), que ficam na sua superfície. Os neurônios olfativos não têm esses receptores, o que não é o caso das células de sustentação, que têm muitos. Segundo especialistas, essas células mantêm um delicado equilíbrio iônico no muco de que os neurônios dependem para realizarem o envio ao nosso cérebro. Se houver um rompimento no equilíbrio, a sinalização neuronal pode ser interrompida, e em consequência o olfato.

“As distorções olfativas são sintomas que surgem após a infecção pelo coronavírus, que ataca diversas partes do nosso corpo, como o cérebro e as células do nariz. Dessa forma, sentidos básicos como o olfato são alterados sensivelmente, provocando a parosmia. As terminações nervosas nasais enviam sinais distorcidos ao cérebro, que passa a decodificar como odores, cheiros ruins”, destaca o médico Alexandre Cury.

O especialista ainda pontua que a parosmia decorrente da Covid-19 tende a ser transitória, porém o tempo da recuperação total do olfato pode levar até mais seis meses. “A recomendação para que essa recuperação seja mais rápida é procurar profissionais como médicos otorrinolaringologistas, que auxiliam o paciente a se tratar com rapidez”.

Para ouvir o programa, basta acessar a Rádio ALEMS, clicando aqui.

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