Combate ao coronavírus: Crianças falam de esperança na 8ª edição do informativo
A vacina não apenas protege as pessoas contra a Covid-19, mas também torna possíveis e reais os sonhos dos abraços, do calor dos encontros, da vida sem distanciamento. A cada dia, com o avanço da imunização e consequente redução do número de novos casos e de mortes pela doença, esses sonhos ganham formas mais nítidas. Isso permite o retorno gradativo das atividades, o que, por outro lado, explicita desafios diversos, sobretudo econômicos.
Respostas a esses desafios estão sendo dadas pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS). A atuação do Parlamento também é impulsionada pela confiança em dias melhores. Esse misto de desafios e de esperança permeia o mais recente informativo ALEMS no combate ao coronavírus, produto da Comunicação Institucional da Casa de Leis, que reúne informações sobre as atividades parlamentares no enfrentamento dos problemas causados ou intensificados pela pandemia.
Em sua oitava edição, o ALEMS no combate ao coronavírus apresenta algo especial: uma seção em que crianças falam sobre seus sentimentos e suas expectativas neste momento de volta gradativa da rotina fora de casa. A publicação também traz informações sobre as ações dos parlamentares, destacadamente as que atendem às necessidades das parcelas da população e dos setores econômicos mais prejudicados pela crise.
“Quando a pandemia começou, não imaginávamos que o novo coronavírus afetaria a economia de forma tão grave”, comentou o presidente da Casa de Leis, deputado Paulo Corrêa (PSDB), em texto publicado no informativo. O parlamentar destacou o papel da ALEMS, que tem atuado, de forma conjunta, com outros órgãos e demais Poderes para atender às demandas das famílias em situação de vulnerabilidade socioeconômica e dos setores mais afetados pela pandemia, como bares, restaurantes e as áreas de Cultura e Turismo.
Foram diversas as ações dos parlamentares, como, por exemplo, a aprovação, apenas neste ano, de 12 leis que visam à redução dos efeitos da crise e à garantia de direitos aos grupos mais vulneráveis. Os deputados também prorrogaram o reconhecimento da ocorrência do estado de calamidade pública em 17 municípios de Mato Grosso do Sul. Além disso, entre outras atuações, liberaram R$ 36 milhões em emendas a todos os municípios do Estado.
Esperança nas cores da espontaneidade das crianças
Esta edição do informativo tem algo muito especial: a esperança falada de um jetinho que só as crianças sabem falar. Ana Beatriz, Anne, Maria Eduarda, Maria Fernanda, Clarice, Antonella e Catarina externalizam seus sentimentos que, certamente, são compartilhados por tantas outras crianças nesses quase dois anos de pandemia. Há a tristeza do distanciamento, mas há também a alegria da proximidade de um outro tempo suscitado pela proteção propiciada pela vacina. As crianças também demonstram consciência da importância da prevenção contra o vírus para não ficarem doentes nem transmitirem a doença.
“Durante este tempo de pandemia, eu senti um aperto no coração, porque muitas pessoas foram prejudicadas e muitas crianças não puderam ir pra escola. E assim fiquei muito triste com isso, porque até eu não pude ir pra escola. Eu senti falta das minhas amigas, dos meus professores. Nós tivemos que fazer tudo aula online um ano e meio”, inicia dizendo Ana Beatriz Kraemer, de 9 anos.
O mesmo aperto no coração foi sentido pelas demais crianças, que ficaram distantes de suas escolas e de seus amigos.
“Neste período de pandemia, fiquei muito triste, porque fiquei muito longe dos meus amigos e da escola. Fiquei muito tempo dentro de casa, principalmente no período em que minha mãe e meu pai pegaram Covid”, lamenta-se Clarice Mascarenhas, de 9 anos.
“O meu sentimento é porque não posso sair pra escola, não posso ver meus amiguinhos”, afirma a pequena Anne Mesquita de Almeida, de 5 anos, que mostrou que sabe muito bem como as pessoas devem se prevenir contra o coronavírus. "A gente tem que passar álcool, lavar bem as mãos e não pode ficar perto dos outros", ensina Anne.
Ainda mais nova, Catarina Kraemer, de 4 anos, traduz na fofura de sua linguagem o sentimento de tristeza e distanciamento: “Ninguém binca comigo. Não posso passeá e nem ir na paça bincá”.
O medo e o luto também integram os sentimentos das crianças. “Quando começou a pandemia, eu fiquei muito triste. Eu estava com muito medo que meus amigos e pessoas da minha família que eu gosto morressem. Eu estava com muito medo disso”, contou Antonella Dionello, de 6 anos. No entanto, ela completa: “Mas agora já passou. Estou muito feliz”.
Do mesmo modo, Maria Fernanda Dionello, de 13 anos, afirma que, desde o início da pandemia, teve medo de perder pessoas que ama. “Infelizmente, meu avô faleceu. Mas ele deixou muitas memórias. Ele sempre foi um avô maravilhoso pra gente”, partilha Maria Fernanda. Mas, neste momento, o medo é menor que sua esperança. “Apesar de tantos problemas, tantas derrotas, nós estamos voltando ao normal aos poucos. As aulas presenciais já retornaram. Eu já fui vacinada e a esperança tem superado o medo”, afirma, convicta, Maria Fernanda.
E quanto aos abraços? Esse gesto, tão simples e tão esperado, também está nas expectativas das crianças. Como orientam as medidas de prevenção, abraços devem ser dados com segurança, o que é possível com a imunização. Assim, abraços estão associados à vacinação.
“Eu quero vacinar logo pra poder abraçar a madrinha, o padrinho e os meus primos”, confidencia Maria Eduarda de Souza, de 7 anos. Ela, como as demais crianças, sentiu muita falta das pessoas queridas. "Na pandemia, eu fiquei com saudade das pessoas, da minha madrinha, do meu padrinho, dos meus priminhos, do meu vovô, da minha vovó", disse. Com consciência do cuidado com os outros, Maria Eduarda completa: “Eu quero vacinar logo pra poder abraçar as pessoas sem passar Covid pra elas”.
Esperança, vacina e novo tempo são quase sinônimos nessas vozes da infância, que têm o tamanho do futuro. Nesse respirar para contemplar o amanhã, ganha força o sentimento de dias melhores. “Estava com saudades dos meus amiguinhos, mas agora estou indo para a escola. E agora estou vendo meus amiguinhos”, comemora Anne Mesquita.
“Minha expectativa é que a gente, os idosos, as pessoas mais velhas estão vacinando, os adolescentes também e que o coronavírus vai passar. Nada vai nos deter. Nós somos muito fortes. Vamos conseguir lutar contra o vírus”, acentua, com veemência, Ana Beatriz. “Agora, depois da vacinação, tudo melhorou muito, porque todo mundo vai poder viajar, encontrar com os amigos, curtir Natal, Ano Novo. E, se tudo melhorar, aí sim que vai ter uma comemoração muito grande”, colore Clarice a festa da esperança. Para que isso tudo aconteça logo, o mundo todo precisa fazer coro com o desejo da Catarina e ditar uma importante ordem: “Colonavilus, vai embola!”
Confira abaixo os áudios com as falas das crianças citadas na matéria:
Ana Beatriz Kraemer:
Anne Mesquita de Almeida:
Antonella Dionello:
Catarina Kraemer:
Clarice Mascarenhas:
Maria Eduarda de Souza:
Maria Fernanda Dionello:
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Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.