Movimento alerta para segurança no trânsito e cuidado com os ciclistas
Transformar a dor e ressignificar a vida, ainda que em meio ao luto, essa é a experiência vivida pela médica Andréa Aleixo, que perdeu a filha Emanuelle atropelada enquanto andava de bicicleta, no Parque dos Poderes, ano passado em Campo Grande. Durante a sessão ordinária desta quinta-feira (24), ela fez uso da palavra para convidar os parlamentares a participarem do lançamento do Movimento Bike Viva.
Como parte da programação do Dia Estadual de Conscientização e Proteção ao Ciclista, instituído pela Lei 5.683/2021, de 10 a 13 de março serão realizadas várias ações, entre elas os lançamentos do Instituto Emanuelle e o Movimento Bike Viva. “O legado da minha filha Emanuelle foi determinado nos seus últimos cinco minutos de vida, quando ela postou nas redes sociais a importância de fazer programas saudáveis. Para que o Código de Trânsito ganhe visibilidade e impactar pessoas, vamos debater a segurança e o cuidado com os ciclistas”, destacou.
Segunda Andréa, o manifesto representa o clamor por respeito aos ciclistas e a favor da educação no trânsito. “Quereremos mais pessoas trocando carro pelo trajeto ao ar livre. Nossa luta não irá parar, a nossa voz vai ganhar força, porque bicicleta é vida e vamos diminuir as estáticas de fatalidades no trânsito”. Conforme a médica, várias cidades do interior participarão do evento.
Autor da Lei 5.683/2021, Renato Câmara (MDB) fez questão de ressaltar o trabalho realizado pelo movimento. “Dentro da trajetória de dor de uma mãe que perdeu a filha, Andrea Aleixo atua para que outras famílias não sofram o que passou. Ela é uma inspiração para todos que buscam e querem segurança no trânsito”, relatou.
O Dia Estadual de Conscientização e Proteção ao Ciclista consta no Calendário Oficial de Eventos do Estado de Mato Grosso do Sul. Os objetivos centrais são:
I - promover debates, reflexões e eventos sobre a mobilidade sustentável e segurança de ciclistas no trânsito, motivando soluções inovadoras de gestão pública;
II - incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte;
III - estimular o uso da bicicleta como atividade desportista, lazer e recreativa;
IV - sensibilizar a sociedade, empreendedores privados e os gestores públicos, dos benefícios socioeconômicos da prática do ciclismo, sobre a segurança no trânsito e direitos dos ciclistas;
V - contribuir para a mobilização em prol da ampliação da malha cicloviária no Estado, e da afirmação da bicicleta como modal integrado ao sistema de transporte;
VI - sensibilizar a sociedade, empreendedores privados e os gestores públicos sobre a prática do ciclismo como contribuição relevante à saúde pública e à sustentabilidade socioambiental;
VII - apoiar iniciativas da sociedade na área e os movimentos de cicloativismo.
Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.