Acompanhamento de alunos com epilepsia é tema de projeto de lei do deputado Lidio Lopes
A epilepsia ainda não é uma doença amplamente conhecida, e a falta de visibilidade faz com que determinadas necessidades não tenham atenção, além de favorecer preconceitos. No mês dedicado a campanha de conscientização sobre a epilepsia, o deputado estadual Lidio Lopes (Patriota) apresentou na sessão desta quinta-feira o projeto de lei que estabelece uma política pública estadual de proteção, inclusão e acompanhamento educacional dos alunos com epilepsia no Estado de Mato Grosso do Sul.
Entre as diretrizes do Projeto de Lei estão a adoção de uma atitude receptiva e acolhedora no atendimento escolar, a capacitação de toda a comunidade da escola para a realização dos primeiros socorros em caso de crises convulsivas, e a promoção de ações como oficinas temáticas e rodas de conversa para o combate ao preconceito no ambiente.
A epilepsia constitui-se em uma doença neurológica crônica mais comum, contudo, as repercussões sociais e psicológicas das epilepsias são enormes, assim como os problemas enfrentados pelos pacientes e seus familiares. A estigmatização, discriminação e preconceitos enfrentados por eles dificulta a inserção na sociedade. Porém é sabido que muitas das epilepsias infantis caminham para a remissão das crises quando submetido ao tratamento adequado, pois esta patologia é tratável por meio de medicamentos em conjunto com outros tipos de tratamento, o que reduz a ocorrência de crises e prejuízos.
“Este projeto de lei é de extrema importância, visto que a epilepsia pode causar baixo aproveitamento escolar devido aos diversos fatores como gravidade e frequência das crises, além de variáveis envolvidas no processo de escolarização, como baixa expectativa dos pais e professores, rejeição de professores e dos colegas de escola”, justifica Lidio Lopes.