Rota Bioceânica: Logística do Corredor Bioceânico é destaque no Painel I
Após a solenidade de abertura do 1º Fórum “A Integração dos Municípios do Corredor Bioceânico”, aconteceu, no Plenário Deputado Júlio Maia, o Painel I, que abordou “A Logística do Corredor Rodoviário Bioceânico”. O painel foi mediado inicialmente pelo deputado Renato Câmara (MDB) e posteriormente pelo deputado Capitão Contar (PRTB). Renato Câmara ressaltou a importância do debate sobre o tema. “Discutir nesse primeiro Fórum um assunto tão pertinente e tão interessante em relação a essa rota, que tem sido chamada de bioceânica, estamos diante de uma grande oportunidade, e quanto mais discutirmos esse tema, mais avanços teremos”, relatou o parlamentar.
O deputado Capitão Contar (PRTB) lembrou do hobby de viajar de moto pelos países da América Latina. “Tenho um carinho profundo com os países irmãos, um dos meus hobbies é viajar de motocicleta nos países da América Latina. Já visitei três vezes a cidade Uchuaya, de motocicleta, na Argentina. Que todos vocês sejam bem-vindos à Mato Grosso do Sul. Esperamos que os debates estreitem ainda mais as nossas relações”, declarou.
Representando a empresa de Planejamento e Logística (EPL), Cícero Rodrigues de Melo Filho, falou sobre as vantagens do Corredor Rodoviário Bioceânico e seu Impacto Comercial. “A EPL é uma empresa pública vinculada ao Ministério da Infraestrutura que tem o objetivo da elaboração do planejamento estratégico para a movimentação de pessoas e de cargas, considerando os diversos modos de transportes. É necessária a busca por novas alternativas de escoamento da produção do Estado, novos mercados, com menor distância trarão menores custos, investimentos que irão gerar mais empregos e maior segurança com desenvolvimento. É necessário considerar os custos de transporte e custo do tempo, e desta carga parada em Santos, 18 dias a mais do que em Antofagasta, considerando todos os tramites, e este tempo gera um custo para o proprietário da carga. É necessário pensar em fazer essa integração, com receitas e aduanas se conversando, redução de custos e aumento de eficiência na produção”, frisou.
Luis Ascencio, consultor associado à CORFO Antofogasta, falou sobre “Atlântico versus Pacífico. A Importância do Corredor Rodoviário Bioceânico”. “Estamos realizando um estudo que que complementar um anterior, sobre potencial cargas que utilizam os portos do Atlântico, como poderiam usar os do Pacífico. Há diversos fatores, entre elas a melhor forma do corredor das fronteiras terrestres, os custos logísticos. Os chilenos precisam entender o perfil logístico destas cargas que vem do Brasil, Mato Grosso do Sul [MS], Mato Grosso [MT] e Goiás [GO]. Os produtos agropecuários e indústria de alimentos agropecuários é o perfil dos segmentos produtivos do corredor, as carnes são muitos consumidas no Chile, as brasileiras e paraguaias, consideradas muito importante a nível internacional. É importante que seja criado em MS facilidades para o transporte e comércio, e dar maior capacidade ao corredor bioceânico”, disse.
O auditor-fiscal da Receita Federal do Brasil, Edison Introvini, falou sobre “O Corredor Bioceânico e a Perspectiva da Aduana”, falou sobre os controles aduaneiros. “Nestes pontos de fronteiras, não existem apenas controles aduaneiros, e sim outros tipos de controles. A função institucional da Aduana é a proteção da Indústria, Economia, Sociedade, Meio Ambiente e Saúde; também promover o comércio lícito entre países, e o equilíbrio entre celeridade e segurança. Entre os desafios da Gestão Coordenada de Fronteiras [GFC] está a inexistência de marco regulatório interinstitucional, atividades de controle e inspeção na fronteira geralmente realizada de forma independente, e a velocidade na modernização da infraestrutura e equipamentos ser mais lenta. O caminho é avançar com o programa Operador Econômico Autorizado [OEA] em todos os países, especialmente na OEA integrado. E a busca por um modelo eficaz e eficiente de controle de fronteiras entre as agências, que inclui sanitários, fitossanitários, de saúde”, destacou.
Melissa Gajardo, executiva da Diretoria Regional da Prochile Antofogasta, falou sobre “Acordo de Livre Comércio Chile-Brasil: Vantagens Competitivas nas Relações Comerciais”. “Entre as vantagens competitivas com os acordos comerciais que emergem ao acordo bilateral, estão promover os interesses econômicos de Chile e a associação comercial com outros países, difundir e promover a cultura chilena no exterior, e promover a paz e a seguridade internacional. O Chile é líder e exportações em diferentes tipos de produtos, cerejas, farinha de pescado, celulose. O benefício do tratado de livre comércio os envios para a América Latina se multiplicaram 262 vezes nos últimos anos. Uma vantagem competitiva nas relações comerciais engloba a visão de futuro com inovação, comércio eletrônicos e cadeias regionais e globais de valor, desafios e oportunidade concretos, alianças estratégicas, buscar um comércio mais simples para potencializar o intercâmbio comercial e oferta de ambos países”, descreveu.
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