Rota Bioceânica: Qualidade portuária reforça potencial para efetivação de Corredor

Imagem: Participantes do Fórum tiveram oportunidade de saber mais sobre o potencial dos portos marítimos e fluviais dos países que integram a Rota Bioceânica
Participantes do Fórum tiveram oportunidade de saber mais sobre o potencial dos portos marítimos e fluviais dos países que integram a Rota Bioceânica
27/05/2022 - 19:05 Por: Osvaldo Júnior   Foto: Wagner Guimarães

Fundamentais para a efetivação da Rota Bioceânica, os portos marítimos e fluviais do Brasil, Chile e Argentina, foram pautados na tarde desta sexta-feira (27). O assunto foi discutido no sétimo painel do 1º Fórum “Integração dos Municípios do Corredor Bioceânico”, realizado no plenário Deputado Júlio Maia, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS). Representantes de empresas portuárias e especialistas apresentaram detalhes da infraestrutura e da logística dos portos, demonstrando a capacidade hidroviária para a concretização da Rota. 

O painel, moderado pelo ministro da carreira diplomática do Ministério das Relações Exteriores, João Carlos Parkinson de Castro, coordenador nacional do Corredor Rodoviário Bioceânico, oportunizou o melhor conhecimento sobre as condições do transporte hidroviário tendo em vista as finalidades da Rota. 


Rubén Castro destacou potencial do Porto de Iquique

As primeiras apresentações trataram sobre os portos chilenos, especificamente sobre o Porto de Iquique e o complexo portuário da região de Antofagasta. Rubén Castro Hurtado, gerente-geral da Empresa Portuária Iquique, que abriu as palestras do painel fez a apresentação “Porto de Iquique a serviço do Corredor Rodoviário Bioceânico". De acordo com Hurtado, o Porto de Iquique tem capacidade instalada de 5,5 milhões de toneladas e utiliza 2,5 milhões de toneladas. Esse é apenas um dos aspectos que tornam importante o terminal para a viabilidade da Rota.”Podemos oferecer serviços para a materialização desse Corredor Bioceânico”, assegurou o gerente.

Na sequência, foi proferida a palestra “Desenvolvimento Logístico na Baía de Mejillones” pelo gerente-geral Alvaro Arroyo. Ele afirmou que a Baía conta atualmente com dois terminais em operação. Em apenas um deles, o terminal 1, há capacidade de 4,5 milhões de toneladas por ano. Ainda em se tratando do potencial portuário do Chile, foi realizada a palestra “Apresentação Comercial de Puerto Angamos e TGN” pelo gerente comercial do terminal José Federsffield. Ele destacou que o porto se situa em local estratégico, no norte do Chile e no cone sul da América, e apresenta ótimas condições marítimas.


Luís Quiroga apresentou vantagens do Porto de Antofagasta

O fiscal da Empresa Portuária Antofagasta (EPA), Luis Quiroga, proferiu a palestra “Apresentação do Porto de Antofagasta”. Entre as vantagens do porto enfatizadas por Quiroga, estão a acessibilidade ferroviária, área ampla e com capacidade de crescimento através de um projeto de expansão em andamento.

Ainda sobre o tema, Cristian Schuwirth, gerente comercial do porto realizou a palestra “Apresentação do Terminal Internacional de Antofagasta”. Ele apresentou números sobre o potencial do terminal, que o torna fundamental para a efetivação da Rota Bioceânica. 

Também em relação ao Chile, foi feita a apresentação “As vantagens do Terminal Portuário de Arica, dada a sua localização geopolítica estratégica" pelo gerente de Operações do Terminal do Porto de Arica (TPA), Dante Battaglia. Ele falou sobre a infraestrura e a logística do porto, além de projetos de ampliação do terminal. A apresentação contou, ainda, com a participação de Andrés Gómez, gerente de Concessões e Desenvolvimento da Companhia Portuária de Arica (EPA). "Temos um porto com capacidade para enfrentar os desafios da Rota Bioceânica", garantiu.

Argentina

Administrador do Porto de Barranqueras, Roberto Saturnino Benítez, proferiu a palestra “Posicionamento do Porto de Barranqueras”. Trata-se de complexo que fica na cidade com mesmo nome, situada na província do Chaco, na Argentina. Conforme Benítez, com sete terminais portuários, o complexo movimenta cargas de agronegócio, areia, combustíveis e cargas gerais. Também está, estrategicamente, próximo de vários centros de produção e comércio interligados. 


Rubia CynaraKuhn falou sobre o potencial portuário de Porto Murtinho

Porto Murtinho

Do lado brasileiro, especificamente em Mato Grosso do Sul, foi abordado o potencial hidroviário de Porto Murtinho. O assunto foi tratado por Rubia CynaraKuhn, diretora administrativa e financeira da FV Cereais. Ela realizou a apresentação “A experiência da FV Cereais”.

De acordo com Rubia, a empresa tem expectativa de movimentar 600 mil toneladas de soja até o fim deste ano. Ela também apresentou vantagens do escoamento hidroviário e comparou custos logísticos na exportação de produtos por Paranaguá e por Porto Murtinho. A dietora definiu Porto Murtinho como "o novo corredor logístico para escoamento de grãos no Mato Grosso do Sul".

Paraguai 

Sobre o Paraguai, Raúl Valdez Florentin, gerente-geral da Baden S.A., preferiu a palestra “Potencial do Porto Multimodal de Concepción e seu Impacto na Região”. O gerente salientou a importância da valorização dos municípios fronteiriços e a necessidade de superação de entraves burocráticos na fronteira. Valdez defendeu ser fundamental a eliminação de problemas aduaneiros para que a Rota possa, efetivamente, funcionar.  

Mineração 

Simultaneamente, foi realizado outro painel que tratou sobre as oportunidades no setor da mineração com a Rota Bioceânica. Um dos objetivos do painel foi a aproximação dos países do Corredor Bioceânico para que aumentem a competividade no mercado internacional. 

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