Rota Bioceânica: Oportunidades de Comércio e Investimento no Corredor Bioceânico
O Painel V, integrante do 1º Fórum “A Integração dos Municípios do Corredor Bioceânico”, foi o segundo desta manhã (27), abordando o Corredor Bioceânico, Oportunidades de Comércio e Investimento. O ministro de Carreira Diplomática do Ministério de Relações Exteriores, João Carlos Parkinson de Castro, foi o moderador dos debates. Os debates reiniciam a partir das 14h.
Pedro Silva Barros, técnico de planejamento e Pesquisa do Insttituo de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) falou sobre a integração dos corredores. “Os corredores se integram, é preciso entender que os corredores bioceânicos não são concorrentes entre si, são apenas complementares. Também formam uma rede regional do transporte de cargas e pessoas, é muito importante a valorização da fronteira terrestre. O avanço da geopolítica econômica e novo eixo de dinamismo comercial da Ásia é o futuro. Precisamos de um projeto de integração entre o Brasil e a América do Sul, com a rede introceânica para comércio e produção”, relatou.
Alexandre Borges, falou sobre os desafios e Oportunidades para Consolidação de uma Cadeia Logística de Frio Eficiente ao longo do Corredor Bioceânico. “Primeiro explico que cadeia do frio compreende as tapas de pré-resfriamento, armazenamento, transporte, distribuição, varejo e refrigeração doméstica; para que os produtos não percam suas características essenciais, e compreende os produtos resfriados, refrigerados e congelados. Entre os desafios estão o déficit de armazenagem refrigerada nessa região, e nos países vizinhos, estando Mato Grosso do Sul com capacidade muito abaixo de Goiás, por exemplo. É necessário avançar a cadeia do frio e torná-la mais competitiva”, destacou.
Francisco Moura falou sobre a empresa Superfrio, aprofundando a discussão sobre a cadeia de Frio, “A Cadeia de Frio no Corredor Rodoviário Bioceânico e as Possibilidades de Investimento”. “A Superfrio é uma empresa líder na logística refrigerada, com 32 armazens espalhados pelo país, inclusive em Mato Grosso do Sul, oferecendo soluções para logística integrada em todo o País. O Brasil tem hoje sim uma grande empresa com plataforma nacional que atende diversos mercados, realizou muitos investimentos durante os últimos 5 anos. A reflexão que deixo aqui é que a demanda de armazéns sempre foi suprida após a necessidade, e essa lógica pode ser invertida em relação ao corredor bioceânico”, frisou.
Miguel Atienza Ubeda, acadêmico do Instituto de Economia Aplicada Regional (Idear), da Universidade Católica do Norte abordou o tema “Construindo Capacidades para Compreender o Corredor Rodoviário Bioceânico”, “Importância das redes na construção dos corredores econômicos, fontes de informação e metodologia, resultados e conclusão, necessário instrumento para construir governança nos corredores econômicas, entre eles enfoque em projetos de inversão e ministérios setoriais de comércio, indústria, transporte e finanças, e no ciclo operativo, enfoque em problemas e assuntos de acordo internacional para o funcionamento do corredor bioceânico”, disse.
Juan Ignacio Zamorano, subdiretor Regional de CorfoAntofogasta, falou sobre oportunidades para a transformação e agregação de conteúdo regional da oferta exportável do Corredor Bioceânico na Região Antofagasta-Chile".“Entre os desafios está aumentar o consumo e distribuição no mercado interno do norte do Chile de produtos de Zona de Integração do Centro-Oeste da América do Sul Zicosur, e agregação de valor regional mediante o processamento e transformação das matérias primas silvoagropecuárias de Zicosur, entre outros. Um dos produtos transformados na região de Antofogasta-Chil poderia ser o suco de laranja de Salta (Argentina), outro seria a elaboração de embutidos e preparações desde carne congelada de vaca, transformados em Antofogasta, oportunidades para novos negócios, logística para Comércio Exterior (Comex), incentivos e serviços, insenção tributária, e acesso à mercados globais”, descreveu.
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