Rota Bioceânica: Turismo, Conectividade e Cultura são os destaques no mezanino

Imagem: Nicole Facuri, do Ministério do Turismo, é uma das palestrantes na mesa sobre Turismo, Conectividade e Cultura
Nicole Facuri, do Ministério do Turismo, é uma das palestrantes na mesa sobre Turismo, Conectividade e Cultura
27/05/2022 - 17:54 Por: Christiane Mesquita   Foto: Wagner Guimarães

Uma das atividades desta tarde do 1º Fórum “A Integração dos Municípios do Corredor Bioceânico” aconteceu  nesta tarde (27), no mezanino da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS). Com a moderação do diretor-presidente da Fundação de Turismo do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundtur), Bruno Wendling, foram abordados assuntos sobre Turismo, Conectividade e Cultura, relacionados a Rota Bioceânica.


Bruno Wendling foi o mediados dos assuntos abordados

 “Traçar um projeto em comum com toda a Rota Bioceânica. É importante focar os principais pontos de convergência, com um produto e destino turísticos, como venderemos e posicionaremos isso dentro da Rota Bioceânica, e como esse produto será consumido ou fracionado dentro dessa rota. Também aprendemos o mercado também tem que estar junto conosco para operar isso com o turista final e a ponte concretizará isso para acessar o mercado internacional, aumentar o nível de competitividade mundial para usufruir as belezas da América do Sul”, estão entre os encaminhamentos propostos por Bruno Wendling.

Palestras

Andrés Ortiz, assessor técnico da Secretaria Nacional de Turismo do Paraguai, afirmou que as estatísticas para turismo com o Corredor Bioceânico são promissoras. “No chaco paraguaio temos várias propostas de circuitos históricos e culturais, nesta rota também queremos promover a qualidade de vida por meio de várias instâncias do turismo: o rural, em granjas, o agro-tecnológico, de camping, cultural e ecoturismo. Também queremos promover o birding, hotelaria e gastronomia. Nosso desafio é diversificar as ofertas turísticas com a criação de pacotes turísticos com produtos para o ano todo, e não somente em determinadas estações”, explicou.

Para a diretora de Inteligência Mercadológica e Competitiva do Turismo, Nicole Facuri, é necessário planejar estrategicamente o lugar para turistas. “Já existe um mercado com menos turismo de massa e mais de experiência. É preciso pensar na diversificação da oferta turística para atração de fluxos de visitantes de longa distância. Campo Grande é uma das dez cidades que faz parte do projeto do Ministério do Turismo [MTUR], que tem como base o conceito das cidades inteligentes da Europa. A Unesco elencou no Brasil 12 cidades criativas, geoparques, esses patrimônios são da humanidade, são da população, precisamos voltar nossos olhos a isso, e trabalhar o mapeamento turístico no corredor, desenvolvendo produtos que contemplem essa chancelas”, declarou.

Matheus Ribeiro Linhares, coordenador-geral de Mobilidade e Conectividade Turística do MTUR, definiu o Ponto de Apoio ao Viajante (PAV). “Temos um grupo de trabalho com pontos de apoio ao viajante e caravanismo, melhorar a mobilidade e conectividade do turista. Os PAVs são áreas de descansos instalados às margens das rodovias, destinadas as paradas de motoristas, que também tem o objetivo de promover e valorizar as culturas regionais. Devem integrar a conectividade, facilidade de pagamento, eficiência energética, sustentabilidade, entre outros”, destacou.  

Leandro Henrique Coletti Martins, da Produza, comentou sobre as oportunidades de investimento dos Pontos de Apoio ao Viajante. “Uma das cidades que abraçou a Rota Bioceânica foi Sidrolândia, ela é pequena, mas está em extremo desenvolvimento. Temos um projeto de um grupo de pontos de apoio ao viajante traçado nesta rota. Devemos lembrar que os países desenvolvidos tem uma rota conhecida”, frisou.


O Caminho dos Ervais foi abordado por Carlos Zamberlam

O professor Carlos Zamberlam, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), campus Ponta Porã, falou acerca do Caminho dos Ervais, descoberto em mapas datados do final de 1800. “Encontramos mapas com diferentes localizações para o caminho dos ervais, e estamos estudando os mapas com o objetivo de obter a chancela da Unesco, um pólo de economia do patrimônio e, a partir disso, a valorização muito forte da cultura e do Turismo. Isso cria uma simbologia que se transforma numa marca que volta ao sistema produtivo”, garantiu.

Juliane Salvadori, secretária municipal de Turismo, Indústria e Comércio de Bonito, em Mato Grosso do Sul, abordou as belezas naturais do município. “A governança é muito forte, mais projetos para o plano de gestão, temos agora o voucher digital. O município de Bonito está bem avançado, com cerca de 36 atrativos, e mais de 45 atividades diversas numa mesma locação. Temos trilhas com birdwatching, guias  cadastrados, cidade totalmente transformada por meio do turismo. Entre os desafios encontrados estão a qualificação profissional, a tecnologia e o estímulo à cultura local”, informou.

Marcelo Romão Manhães de Azevedo, assessor técnico Departamento de Banda Larga Secretaria de Telecomunicações, do Ministério das Comunicações, participou da sala virtual e relatou as inovações propostas em conectividade para todo o Estado de Mato Grosso do Sul. “Teremos 5G na maior parte das sedes dos municípios do Estado, nos outros terão o 4G. O Investimento do Leilão do 5G da banda larga aprimorada trará uma conectividade importante entre nos pontos, e entre os pontos”, relatou.

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