Há 19 anos, grupo de teatro Fulano di Tal leva comédia aos palcos de MS

Criado por alunos de teatro de um colégio de Campo Grande, o grupo Fulano di Tal surgiu em 2003 e atua há 19 anos nos palcos de Mato Grosso do Sul, por meio de espetáculos voltados geralmente ao gênero da comédia.  Fomentar a cultura regional é uma das principais missões da trupe, que já conta com 17 espetáculos no currículo, apresentados em diversos festivais. Documentário sobre ele pode ser conferido na TV ALEMS.

Fulano di Tal atualmente é administrado pelos produtores, diretores, dramaturgos e atores Edner Gustavo e Marcelo Leite, e já conquistou premiações importantes no universo teatral sul-mato-grossense. Temas como política e corrupção, resgate à infância, reflexões a respeito da pandemia e questões relacionadas ao ser humano, de maneira geral, costumam ser abordados nas encenações do grupo. 

O espetáculo ‘Suspeitos de um crime quase perfeito’, dirigido por Marcelo Leite, foi o primeiro encenado pelo Fulano di Tal. O monólogo retratava situações divertidas ocorridas durante a investigação de um assassinato em que o detetive Sherlock Gomes investiga seis suspeitos pela morte de um advogado. 

Já em 2004, o grupo encenou o espetáculo ‘O amor é uma comédia em dois atos’, a respeito dos relacionamentos humanos, retratados a partir de uma terapia de casais, conquistando o prêmio de melhor atriz revelação pela interpretação da então atriz Ana Maria Assis no 25º Festival de Teatro da Federação Sul-Mato-Grossense de Teatro (Fesmat). 

Pelo espetáculo ‘Se Deus é brasileiro...o diabo que se cuide!’, encenado em 2005 e 2006, a atriz Ligia Prieto recebeu o prêmio de melhor atriz no 26º Fesmat, realizado em Porto Murtinho. A peça também recebeu indicações de melhor texto original e melhor sonoplastia. 

Caminhada

Em 2007, o Fulano encenou o espetáculo ‘Humor’, primeiro de esquetes, visto por mais de 1.800 pessoas. Foi uma das dez peças regionais selecionadas para o I Festival Nacional de Teatro de Campo Grande (Festcamp), realizado entre setembro e outubro. 

Outro espetáculo de bastante destaque realizado pelo Fulano di Tal foi ‘Vale a pena rir de novo’, de 2011, em comemoração aos dez anos de direção de Marcelo Leite à frente do grupo. A peça foi apresentada em abril no teatro Dom Bosco e em julho no teatro municipal de Dourados. 

Aprovado para montagem pelo Programa Municipal de Fomento ao Teatro de Campo Grande 2011 (Fomteatro), o espetáculo ‘A turma do Abcdário em: O apagão!’ foi apresentado, em 2012, no teatro Aracy Balabanian, no Museu José Antônio Pereira e numa mostra de teatro infantil. Em 2013, a peça percorreu cinco escolas municipais da Capital, sendo prestigiada por mil alunos; foi a primeira peça infantil do fulano e que tinha como tema central o meio ambiente. 

Nesse mesmo ano, o Fulano encenou o espetáculo ‘O santo e a porca’, de Ariano Suassuna, para um público de aproximadamente 1.400 pessoas. A peça foi realizada com apoio do Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2012. Em 2016, esse mesmo espetáculo foi apresentado em três festivais para um público de 700 pessoas. 

Em 2014, o espetáculo ‘O santo e a porca’ circulou por diversas cidades do interior, fazendo com o que o grupo o apresentasse em alguns festivais, como o Boca de Cena. Já em 2015, a trupe realizou a 2ª Mostra Fulano di Tal de teatro, no Aracy Balabanian. Na abertura do evento, foi encenado o espetáculo ‘Ópera do malandro’, de Chico Buarque, que também foi apresentado na 3ª e 4ª mostras Fulano di Tal, realizadas em 2016 e 2017. 

Prêmio Rubens Corrêa 

Graças ao Prêmio Rubens Corrêa de Teatro 2014, da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), o Fulano di Tal apresentou o espetáculo ‘Baixio dos doidos’ em alguns festivais em 2015. O monólogo retratava os últimos 60 minutos de um homem em seu apartamento juntando suas coisas para mudar, recolhendo memórias e pedaços de si mesmo, espiando o passado com a certeza de que da vida as pessoas só levam histórias vividas. 

Em 2019, o Fulano di Tal estreou a peça ‘Do bem-amado’, no Sesc Cultura, para um público de 800 pessoas. Em junho de 2021, de maneira virtual, o espetáculo foi transmitido remotamente pra 500 pessoas na 7ª Mostra Fulano di Tal de Teatro. Neste ano, a peça foi apresentada em março e abril, marcando o centenário de seu autor Dias Gomes.

‘A fabulosa história do guri-árvore’, peça dirigida por Marcelo Leite, estreou em 2019 na 6ª Mostra Fulano di Tal, com temporadas em 2020, 2021 e 2022. Por meio do teatro de animação, pantomima e da palhaçaria, o grupo conta histórias com personagens ligados à cultura regional. A peça conquistou os prêmios de melhor direção, cenografia, figurino, texto e operação de luz em 2021 na 1ª edição do Prêmio Campo Grande ao Teatro. 

Inspirado em sentimentos despertados pela pandemia e isolamento social, o espetáculo ‘Seco’ foi apresentado pelos atores do Fulano di Tal em dezembro de 2021. E para oferecer oficinas e realizar apresentações culturais próprias e de outras trupes, o Fulano inaugurou no início deste ano um espaço na região central de Campo Grande. 

Fazendo Arte

As artes são formas de expressão criadas através de inúmeras formas e materiais e, de acordo com a vontade do artista, se transformam em grandes produções. Para valorizar esse universo, a TV ALEMS implantou em sua grade de programação o programa ‘Fazendo Arte’, que vem exibindo documentários sobre artistas e movimentos que enriquecem a cultura sul-mato-grossense. 

Produzido e apresentado pelo jornalista João Humberto, o programa pode ser assistido na TV ALEMS, canal 9 da Claro NET TV, nas segundas, a partir das 20h45, quartas às 18h15, sextas às 8h45 e domingos às 22h15.