Pedofilia: Parlamentares debatem ações para combater o crime em MS
Estamos na Semana de Combate à Pedofilia, instituída pela Lei Estadual 3.707/2009, de autoria do deputado Professor Rinaldo Modesto (Podemos). Na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), o parlamentar detalhou as ações de combate em 2023. “Mobilizar e alcançar as possíveis vítimas para que seja feita a denúncia na sociedade. É preciso que estejamos engajados nesta luta. Parabenizo também o Governo do Estado, que está na iminência de adquirir uma área da União para construir o Centro Integrado de Atendimento às crianças e adolescentes. Só neste ano já foram mais de 780 casos. E sete vítimas são bebês. Isso é inadmissível”, destacou.
“Agradeço aos deputados e a nossa equipe que tem panfletado, especialmente em nossas escolas. Ontem encontramos em um dos estabelecimentos de ensino duas meninas vítimas de abuso sexual. Identificar os casos, levar as polícias, elucidar estes crimes, levar os pedófilos a cadeia, que é o lugar onde deve estar”, concluiu o deputado Professor Rinaldo.
O deputado Paulo Corrêa (PSDB), 1º secretário da ALEMS reforçou que o combate a esse crime acontece em todo o mundo. “Quero comunicar que ontem (8), no Estado da Flórida, nos Estados Unidos, que tem um governador latino, foi aprovada uma legislação, em que se houver qualquer moléstia contra crianças abaixo de 12 anos, a pena é de prisão perpétua. Esse movimento não é só nosso, é no mundo inteiro. No Texas, é mais radical, é pena de morte. Precisamos enfrentar esse problema, quero me somar a essa luta”, declarou.
A deputada Mara Caseiro (PSDB) também destacou que “Não podemos deixar de falar sobre a Semana Estadual de Combate à de Pedofilia. E quando vemos este número enorme de casos de estupro contra crianças, é algo nos causa muita dor. Importância de estarmos trabalhando e realmente buscando leis que criam um pouco de senso nestes pedófilos. São sete casos de bbs, essas pessoas são monstros em nosso meio, precisamos buscar sim leis mais severas contra os pedófilos. Vamos continuar nesta Casa combatendo todo e qualquer tipo de violência, mas principalmente contra nossas crianças e mulheres”, ressaltou.
Convidada para falar sobre o assunto na tribuna, a Dra. Maria Isabela Saldanha, presidente da Comissão de Defesa das Crianças e Adolescentes da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso do Sul (OAB/MS) pediu atenção às crianças indígenas. “Não podemos falar em prevenção sem lembrar que há um fluxograma que decide como a rede de proteção tem que operar, para que todos os órgãos atuem de melhor forma para prevenir e combater o assédio. Em relação aos indígenas, eu gostaria de lembrar que as nossas crianças indígenas são as que mais passam por violência, e não é cultural, e ainda que fosse cultural, deveria ser extirpada. Lanço esse desafio para que seja dada atenção a essas crianças. Elas são violentadas da mesma forma e merecem o mesmo respeito. Somos o segundo país em exploração sexual”, ressaltou.
Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.