Audiência pública debaterá prevenção e controle do milho guaxo nas lavouras de MS

Imagem: A audiência foi proposta pelo deputado Renato Câmara, presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
A audiência foi proposta pelo deputado Renato Câmara, presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
07/07/2023 - 10:07 Por: Heloíse Gimenes   Foto: Wagner Guimarães

O milho guaxo nasce espontaneamente após a colheita e representa uma planta que precisa ser controlada, tanto no período de entressafra quanto dentro do ciclo do grão. Também chamado de milho voluntário ou tiguera, ele pode ser o hospedeiro para diversas pragas, entre elas a cigarrinha. Para evitar problemas de sanidade vegetal, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) realiza às 14h de terça-feira (11), no Plenarinho Deputado Nelito Câmara, a audiência Pública com o tema “Prevenção e Controle do Milho Guaxo nas Propriedades Rurais de Mato Grosso do Sul”.

A audiência foi proposta pelo deputado Renato Câmara (MDB), presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, e deve reunir representantes de sindicatos rurais, cooperativas, comerciantes, consultores, lideranças do setor produtivo e Governo do Estado. “As plantas daninhas que persistem para o cultivo seguinte podem diminuir em até 70% a produtividade das lavouras e ainda contribuem para maior incidência de pragas. A frequência da cigarrinha tem aumentado nas lavouras de todo o País, exigindo ações integradas de manejo”, disse Câmara.  O inseto é vetor das doenças do complexo de enfezamentos (enfezamento-vermelho, enfezamento-pálido e virose-da-risca), capaz de comprometer substancialmente as safras de milho.

De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Dourados, Ângelo Ximenes, a praga é uma ameaça à sustentabilidade da produção de milho e traz riscos econômicos e ambientais. “O milho guaxo é o resultado do cruzamento de plantas de milho de qualidade, cultivadas, com plantas de milho silvestres ou variedades não comerciais. Essa mistura derruba a produtividade e a qualidade das lavouras. Ele é uma fonte de problemas fitossanitários, pois serve como hospedeiro para pragas e doenças, ampliando a disseminação e dificultando o controle efetivo desses organismos indesejados. Tudo isso compromete a segurança alimentar, a saúde humana, a preservação do meio ambiente e provoca a diminuição da produtividade”, falou.

Mato Grosso do Sul tem uma produção agrícola total estimada para 2023 de 72,09 milhões de toneladas, uma alta de 12,89% em relação ao ano passado. Conforme a Carta de Conjuntura, elaborada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), a soja será o destaque nas lavouras, com previsão de 13,90 milhões de toneladas. Já o milho safrinha (2ª safra), a produção esperada é de 11,44 milhões de toneladas.

 

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