Combate à disseminação de notícias falsas é debatido na ALEMS

Imagem: O assunto foi abordado na tribuna da ALEMS pelo deputado Pedro Kemp
O assunto foi abordado na tribuna da ALEMS pelo deputado Pedro Kemp
30/08/2023 - 12:17 Por: Christiane Mesquita   Foto: Luciana Nassar

Abordado na tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) nesta manhã (30), pelo deputado Pedro Kemp (PT), 2º secretário da Casda de Leis, o combate às notícias falsas foi novamente debatido entre os deputados. “Ontem houve ataques nas redes sociais aos deputados estaduais da Assembleia Legislativa. Horas após a votação, divulgaram nas redes sociais lista dos deputados que votaram com os seguintes dizeres: “Veja os deputados que votaram para aumentar o valor da taxa da Caixa de Assistêncis dos Servidores de Mato Grosso do Sul [Cassems]”, relatou Pedro Kemp.

"Não foi isso que fizemos aqui, votamos uma autorização para o Governo fazer um aporte para a entidade. A taxa foi instituída pela Cassems e aprovada pelos servidores. A Assembleia Legislativa não tem competência para instituir uma taxa para os servidores pagarem. Quem votou sim para o Governo conceder o recurso à Cassems, foi para salvar o plano de saúde da falência, devido ao gasto que a Cassems teve com a pandemia da Covid, pela necessidade do ampliação dos leitos de UTI, hospital de campanha e todo aparato para atender o momento”, concluiu Pedro Kemp. 

A deputada Lia Nogueira (PSDB) também compartilha da indignação com as notícias inverídicas. “Solidarizo-me e falo sobre a minha indignação em relação a essas notícias falsas, pois isso coloca em voga o que é feito nesta Casa de Leis. Estamos aqui para representar o Estado de Mato Grosso do Sul. O projeto votado ontem foi construído junto ao Governo do Estado, à direção da Cassems, com a criação de uma comissão composta por deputados de diferentes partidos. Esse montante foi uma espécie de compensação de serviços prestados pela Cassems durante a época da pandemia”, destacou.


Zé Teixeira reiterou que a Assembleia não decide aumento de taxa

O deputado Zé Teixeira (PSDB) relatou ligação de uma servidora, preocupada com a mesma notícia falsa que circulava nas redes ontem. “Não temos condições absoluta alguma de legislar se aumentamos ou não a taxa da Cassems. Só quem decide é a assembleia, integrada pelos servidores. E eu recebi uma ligação com essa mesma notícia, expliquei a ela que eu não tenho poder de aumentar taxa. Eu votei pelo socorro do governo do Estado no valor de 60 milhões para sair do lamaçal que Cassems entrou, devido a Covid”, frisou.

A deputada Gleice Jane (PT) acha importante o esclarecimento aos servidores. “A Cassems tem um histórico de aumento por todos esses anos. Quem define ou não esses aumentos é sempre a Assembleia Geral da Cassems. A Cassems é um plano criado pelos servidores, e os servidores é quem tem o poder de decidir. A Assembleia Legislativa não tem competência para isso”, reiterou.

O deputado Roberto Hashioka (União) falou sobre o déficit da entidade. “A Cassems permanece com o déficit mensal de 7 milhões. Com o aporte do Governo do Estado, será reduzido o déficit mensal. Estou há 42 anos no serviço público, e a Cassems é um grande avanço para Mato Grosso do Sul, faz atendimento de toda a região do vale do Ivinhema, complementando com o Hospital Regional. Quem precisou da Cassems, com certeza, tem a sensibilidade de perceber que isso é necessário para a vida do servidor. Quem administra a Cassems são os servidores, não é deputado que vota na assembleia da Cassems”, ressaltou.  


Neno Razuk considera injustiça a taxa maior onerando o servidor

O deputado Neno Razuk (PL) considera que todos os parlamentares estão sendo vítimas notícias falsas. “Quem votou 'não', está sendo vítima de fake news também. O problema é que não é justo o servidor ser onerado por uma má administração que quem votou sim insiste em defender”, definiu.

Para o deputado João Henrique (PL), é necessário abrir a ‘caixa preta’ da Cassems. “Conseguiríamos atender mais pessoas com o valor que a entidade utilizou, por exemplo, no recente contrato com a Suda Odonto. O servidor interpreta que está sendo contra ele o aporte concedido pelo Governo do Estado, que foi aprovado em primeira discussão e votação ontem, diminuindo apenas R$10, na taxa estabelecida”, declarou.

 

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