Deputados estaduais repudiam distribuição de livro “O Avesso da Pele”   

Imagem: Debate foi iniciado pelo deputado Professor Rinaldo Modesto, que preside a Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Casa de Leis
Debate foi iniciado pelo deputado Professor Rinaldo Modesto, que preside a Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Casa de Leis
05/03/2024 - 11:51 Por: Heloíse Gimenes    Foto: Luciana Nassar

Na sessão ordinária desta terça-feira (5), os deputados estaduais repudiaram a distribuição do livro “O Avesso da Pele”, do escritor Jeferson Tenório, nas bibliotecas da Rede Estadual de Ensino. O deputado Professor Rinaldo Modesto (Podemos) levou o assunto à tribuna e teve o apoio de vários parlamentares.

“Não vou narrar trechos deste livro, tamanho conteúdo inapropriado. Tenho recebido centenas de mensagens de pessoas indignadas com a distribuição nas bibliotecas. Não podemos permitir o acesso dos alunos ao livro com uma linguagem pornográfica. Isso representa a banalização do sexo e não tem relação com discriminação. Não importa qual partido ou qual governo autorizou, só não podemos admitir a sua distribuição”, disse Rinaldo.

A obra integra o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), do Ministério da Educação (MEC). Lia Nogueira (PSDB) afirmou estar estarrecida com a linguagem do livro para os alunos do Ensino Médio. “O livro é nojento. Não trata de educação sexual, mas trata o sexo de forma banal. Não estamos falando de bandeiras políticas e ideologias, mas de respeito na sociedade”.

Caravina (PSDB) informou que a Secretaria de Estado de Educação confirmou a distribuição do livro. “Eu achei que fosse fake news, mas foi confirmada a disponibilidade nas bibliotecas. Defendo que todos os exemplares sejam devolvidos, pois não tem cabimentos os alunos terem acesso a um material de baixo nível”’, destacou.

Pedro Kemp (PT) fez questão de ressaltar que o livro foi aprovado em 2022 por uma comissão nacional, que analisa as obras literárias a serem disponibilizadas aos professores. Gleice Jane (PT) disse que o assunto precisa ser discutido com cuidado para não descriminalizar a literatura.  

Mara Caseiro (PSDB) também repudiou a distribuição do livro nas bibliotecas. “Quem quiser ler a obra, pode comprá-la em qualquer livraria, mas a distribuição nas escolas não podemos admitir. O palavreado vulgar usado realça a mais triste condição humana”.

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