Moção de Apoio ao Grupo de Teatro Ubu volta a ser debatida na ALEMS
Após ter a Moção de Apoio ao Grupo de Teatro Ubu rejeitada, a deputada Gleice Jane (PT) fez uso da tribuna na sessão desta quarta-feira (15), para reforçar o compromisso com a arte e cultura. A parlamentar apresentou uma nova proposta, com a finalidade de congratular a determinação e resiliência da companhia teatral.
“Novamente, apresentamos a Moção de Apoio para este grupo que enfrenta os desafios permeados por violência política e censura, e promove a democratização do acesso à arte e à cultura em toda a região sul-fronteira de Mato Grosso do Sul”, destacou.
Atualmente, o grupo trabalha o projeto Ubu Trans - Transformando Caminhos e Fronteiras, contemplado pelo Fundo de Investimentos Culturais (FIC) e executado nas cidades de Bela Vista, Ponta Porã, Laguna Carapã, Aral Moreira, Amambai, Coronel Sapucaia, Paranhos, Tacuru e Rio Brilhante.
“Faço compromisso com todos que trabalham na cultura, promovendo a reflexão crítica sobre as relações humanas, violência, convivência e civilidade, assim como a valorização do amor e do respeito. Com 33 anos de trajetória e oito prêmios nacionais, o Grupo Ubu é exemplo de coragem e integridade diante dos desafios permeados pela difamação e disseminação de fake News”, afirmou.
Em aparte, Pedro Kemp (PT) explicou a interpretação equivocada do nome da peça teatral. “A questão causou polêmica, pois a palavra trans foi interpretada de maneira errada. Não se refere à transexualidade, mas ao trânsito e transformação”.
Em seguida, o deputado João Henrique (PL) usou a tribuna para salientar a necessidade de 4/5 da totalidade dos membros integrantes da Assembleia Legislativa para aprovação da Moção de Apoio.
“A exigência é para não ser violada a questão da colegialidade. Quando aprovada, a Moção de Apoio empresta o nome da Assembleia Legislativa para apoiar um grupo ou um segmento”, salientou. O deputado também criticou o uso de recursos públicos para a realização da peça teatral.
O presidente da Casa de Leis, deputado Gerson Claro (PP), e o deputado Caravina (PSDB) ressaltaram que existe um processo para receber o apoio do Estado. “O governo não patrocina grupo a ou b. É publicado o edital e para receber o recurso devem ser preenchidos os requisitos exigidos. Também quero pontuar que as diferenças precisam ser respeitadas”, falou Claro.