Programa criado para promoção da dignidade da criança indígena segue abandonado em Dourado

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25/10/2024 - 12:10 Por: Assessoria - Vinicios Araújo   Foto: Assessoria

Deputada Lia Nogueira solicitou a reativação do projeto em benefício às crianças e adolescentes moradores na reserva

O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), lançado em 2002 na Aldeia Bororó em Dourados-MS, segue interrompido pela administração municipal. Com o objetivo de atender crianças e adolescentes de 7 a 16 anos que estavam em situação de vulnerabilidade, o programa foi criado para proporcionar uma jornada ampliada socioeducativa com atividades multidisciplinares.

A iniciativa promovia reforço escolar, esportes, lazer e dança, além de garantir alimentação saudável e uma bolsa-auxílio, buscando resgatar a cidadania dessas crianças e promover a valorização da cultura indígena local. Contudo, o que antes era um espaço de aprendizado e valorização da cultura indígena, agora está tomado por mato e lixo, privando crianças e adolescentes de terem um ambiente adequado para as atividades.

Esse cenário motivou a deputada estadual Lia Nogueira (PSDB) a formalizar um pedido de reativação do programa junto ao prefeito de Dourados, Alan Guedes (PP). O PETI atendia cerca de 110 crianças vulneráveis.

A deputada destaca a urgência da reativação do programa, ressaltando que o abandono do PETI prejudica o desenvolvimento das crianças da comunidade indígena, além de interromper o contato delas com suas tradições culturais.

“A reforma, manutenção e reativação do PETI são urgentes para restaurar o ambiente seguro e educativo que esse programa proporcionava, contribuindo significativamente para o futuro das crianças indígenas de Dourados”, afirma a parlamentar.

Para Lia Nogueira, o poder público precisa valorizar a inclusão e o desenvolvimento social, principalmente em comunidades vulneráveis como as indígenas.

“Dourados possui a maior comunidade indígena urbanizada do Brasil. São cerca de 15 mil habitantes, em que sua imensa maioria se encontram em uma realidade complexa, vulnerável, cuja educação é a única porta de acesso para uma transformação significativa dessa realidade”, destacou.

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