João Henrique critica assembleia da Cassems e Gleice sugere Fórum permanente
Durante sessão plenária desta quarta-feira (11), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), o deputado João Henrique (PL) usou a tribuna para criticar a forma como a assembleia geral da Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul (Cassems) foi conduzida. O evento ocorreu ontem no Palácio Popular da Cultura e terminou com protestos e sem aprovações para mudanças no estatuto da entidade.
Segundo o deputado, diversos assuntos não foram pautados e a reunião foi conturbada, desde pessoas sendo revistadas até a falha elétrica que adiou a apresentação. “Eles acham que R$ 35 de fator participativo não seja nada. Talvez não seja nada para quem tem uma aeronave, mas para aquelas pessoas era importante. Foi uma covardia e fraude submeter idosos àquele tratamento, sem luz, sem ar, sem água, comida, enquanto outros eventos são luxuosos. Muitos enfrentaram sete horas de ônibus, vieram do interior. Representei os que estavam insatisfeitos, subi ao palco e me retiraram, onde deputado tem passe livre. Saí para que não cancelassem a reunião sob o argumento de que um tumulto estava sendo criado, sendo que eu estava apenas para apoiar”, contou o deputado.
João Henrique reforçou o pedido de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os contratos da Cassems. “Por isso peço CPI para investigar, afinal doamos R$ 60 milhões à Cassems, sendo que até hoje não se tem prestação de contas completa. A diretoria não entrega contratos, as notas fiscais. Isso é dinheiro público. Não há contratos auditados. Isso precisa aparecer em uma CPI. Tem a telemedicina, por que não permitir que as pessoas também votem a distância aumentando a legitimidade?”, comparou o deputado.
A deputada Gleice Jane também fez o uso da palavra e defendeu que a Casssems é um modelo de saúde único no país e que pode ser vanguarda no debate da mudança que o Brasil precisa, com a criação de um fórum. “Precisamos manter a Cassems dentro de uma política de debate de Saúde. Um debate técnico e responsável com todos os servidores. Por isso fiz a sugestão para que se crie um Fórum permanente de debates, para que ninguém fique fora e que seja respondido todos os questionamentos”, ponderou.
Para ela é preciso investigar a pasta da Saúde de forma geral para atuar mais na prevenção, do que em tratamentos. “Nós precisamos garantir uma saúde de qualidade e compreender a Saúde de modo geral. O que acontece não está desvinculado com o que existe no SUS. O modelo precisa ser repensado. Precisamos discutir: por que estamos adoecendo? Como podemos trabalhar com a prevenção? Não apenas uma saúde que traga o tratamento, mas prevenção. Isso é responsabilidade social, assim como enfrentar as máfias da Saúde. Um dos debates também é a ausência de médicos especialistas. Temos que ter políticas públicas que atenda isso. O que aconteceu ontem é um recado do povo em relação ao modelo de que temos no país”, finalizou.
Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.