“Temos que debater em alto nível na Assembléia”, afirma Semy

<P>Já na segunda sessão ordinária de 2003 na Assembléia Legislativa, a oposição ao governo Zeca mostra-se combativa, embora em menor número na casa. Para evitar possíveis desgastes e não causar mal estar entre oposição e base aliada, o deputado Semy Ferraz comenta que a formação do bloco parlamentar entre o PT e o PDT, muito discutida antes do início dos trabalhos, foi descartada para conservar a integridade da base governista. “Queremos buscar um entendimento na composição das comissões, sempre levando em conta os interesses de cada partido. Se a gente conseguir compor conforme nossos interesses, atendendo inclusive a oposição, não precisaremos correr o risco de criar fissuras na base”, afirmou. </P><P>Em relação à oposição na casa, representada principalmente pelo PSDB e PMDB, Semy comentou que ela precisa ser respeitada, pois ocupa um papel importante. Para ele, a oposição tem que ser guerreira, contundente, mas com o devido respeito. “Não tenho dificuldades de relacionamento com nenhum dos deputados oposicionistas, alguns são meus amigos, e tenho o maior respeito por todos. Temos que fazer um debate de alto nível, tentando seguir o exemplo do deputado Pedro Kemp na última legislatura, entendendo que a maioria não pode anular a minoria”, continuou. </P><P>O deputado avaliou que tanto a base aliada quanto a oposição devem se concentrar também, em esforço conjunto, nos debates em torno das reformas nacionais, como a da previdência e a tributária, que ele considera uma grande ameaça para Mato Grosso do Sul. “Nós temos um FPE [Fundo de Participação dos Estados] pequeno, e se a tributação ocorrer sobre o consumo e não sobre a produção, nossa receita será muito prejudicada. Temos que nos juntar e nos articular com os deputados federais para evitar uma reforma prejudicial ao Estado. As disputas locais devem ficar para um segundo momento”, completou.</P>