<P>Em seu pronunciamento na solenidade de homenagem ao Dia Internacional da Mulher, que aconteceu esta manhã, na Assembléia Legislativa, o deputado Raul Freixes comparou a segregação sofrida pelas mulheres à dor dos negros, dos estrangeiros, dos indígenas e dos mestiços. Freixes disse que a exemplo do índio que não tem motivos para comemorar no 19 de abril, mas pode inspirar-se no exemplo de Marçal Tupã-Y, e o negro nas lições deixadas por Zumbi, “a mulher brasileira e a mulher sul-mato-grossense tem por onde construir a sua esperança e sua resistência”. “Somos o país de Ana Nery e de Pagu, somos o estado de Dorcelina, de Oliva Enciso, de Marta Guarani. Somos, enfim, o território em que a luta contra a opressão se faz pela bravura e pela doçura de nossas mães, irmãs, filhas, enfim, guerreiras quase sempre anônimas, mas nunca omissas”. </P><P>Freixes disse ainda que a violência contra a mulher aparece de formas variadas: “Basta ver que no mercado de trabalho empregar a mulher ainda é uma caixinha de tabus, discriminações e abusos. Já previamente condenada a salários mais baixos que os homens, independentemente da qualificação, elas ainda são avaliadas pela ótica utilitarista e promíscua do machismo.” </P>