Simone Tebet: até quando, neste estado, falar de Educação significará omissão?

19/03/2003 - 15:13 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<P class=MsoBodyText style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><FONT face=Verdana color=black size=1>A deputada estadual Simone Tebet usou a tribuna da Assembléia Legislativa pela primeira vez, na manhã desta quarta-feira, e iniciou seu discurso lamentando não o estar fazendo para aplaudir ou louvar as ações do governo popular, mas para criticar. </FONT></P><P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><SPAN style="COLOR: dimgray; FONT-FAMILY: Verdana; mso-bidi-font-size: 8.5pt"><FONT size=1><FONT color=black> <?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p></FONT></FONT></SPAN></P><SPAN style="FONT-SIZE: 12pt; COLOR: dimgray; FONT-FAMILY: Verdana; mso-bidi-font-size: 8.5pt; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA"><FONT color=black size=1>“Calei-me em outros momentos, mas, como vice-presidente da omissão de Educação, quando vejo na mídia notícias como estas de que pavilhão de boi vira escola estadual não consigo mais me conter”, disse ela.<BR><BR>A parlamentar referia-se às informações veiculadas, no último final de semana, de que a escola Estadual Padre Constantino do Monte, de Maracaju, não oferece mais condições para que sejam ministradas aulas e, portanto, os alunos estariam estudando num pavilhão agropecuário, cedido pelo sindicato.<BR><BR>Indignada, a deputada lembrou que a empresa responsável pela reforma do estabelecimento de ensino sugeriu a suspensão do ano letivo. “É como se eles dissessem por que vocês não tiram um dia de folga? Não é o Governo Popular que diz e apregoa aos quatro ventos que é necessário dar educação para dar cidadania a seu povo?”.<BR><BR>A parlamentar questiona a administração estadual: “até quando, neste Estado, falar de educação será sinônimo de lamentações, críticas e omissões? Fico triste, como professora, de ver que temos uma Constituição que garantiu a todos o direito à educação e, quando olhamos na prática, vemos que há dinheiro para tudo neste Estado: para gastar com propaganda, informe publicitário, fazer governo itinerante, construir um palácio para abrigar a governadoria e não se tem dinheiro para colocar as crianças no lugar onde elas realmente precisam estar para estudar, que é a sala de aulas?”, discursou ela.<BR><BR>Ela espera, segundo seu pronunciamento, que a notícia de que se gastará R$ 500 mil/mês para construção da nova sede do governo não se confirme, caso contrário, “se vê forçada a concordar com os que falam que o Governo Popular fala, reúne, critica, mas é incapaz de adotar ações que realmente atendam nossa população, que não tem vontade política”.<BR><BR>A deputada fez questão de deixar claro que não fará denúncias vazias, mas mostrará como o Partido do Movimento Democrático Brasileiro trabalhará na Assembléia, fazendo oposição responsável e frisou que estava antecipando os fatos para que o secretário Hélio de Lima, ao comparecer à AL, na próxima terça-feira, não seja tomado de surpresa e tenha como apresentar soluções para as questões apontadas na tribuna.<BR><BR>”Quero que ele venha com o esclarecimento, que ele me convença de que estou errada e serei a primeira a ocupar novamente a tribuna para parabenizá-lo pela atitude democrática. Volto a repetir: triplicou-se a arrecadação deste Estado, fala-se que já se gastam 30% do orçamento em educação, então para onde vai este dinheiro?”.<BR><BR>E reforçou o questionamento: “Tem-se dinheiro para gastar, R$ 400 mil ou R$ 500 mil, com a construção da nova sede do governo e não se tem R$ 40 mil para resolver o problema de 600, 700, 800 alunos. Como professora sei que há de concordar comigo”, disse ela ao deputado Pedro Kemp, “sei que há de concordar comigo que isso é um absurdo que não podemos admitir”, conclui.</FONT></SPAN>
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