Deputados criticam reajuste de 42% na tarifa de energia

20/03/2003 - 13:18 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<P>Começou agora a pouco, na Assembléia Legislativa, a audiência pública sobre o reajuste de 42,64% da tarifa de energia elétrica, autorizado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Além dos deputados da Casa, participam da audiência o diretor da Aneel, Isaac Pinto Averbuch, o assistente da diretoria comercial da Enersul, Paulo César Corrêa, representando o diretor da empresa, Armando Fernandes Bernardo, o procurador da República, Dr. Alexandre Gavronski, o diretor da Agepan (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos), Anízio Pereira Tiago, a vice-presidente da Associação Brasileira da Cidadania e do Consumidor (ABCCON), Dra. Patrícia Mora da Silva, o promotor de Justiça do Consumidor do Ministério Público Estadual, Dr. Hamilton Plácido da Rosa, entre outras autoridades. </P><P>O deputado Waldir Neves (PSDB), que, juntamente com o deputado Semy Ferraz (PT) propôs a audiência, criticou o aumento da tarifa rebatendo os argumentos da Enersul para justificar tal reajuste. "O trabalhador não receber em dólar. É impossível a população absorver este aumento”, disse. </P><P>“Não queremos, com esta audiência, atingir a Enersul, que tem um papel importante no Estado, nem a Aneel, nem a Agepan”, explicou o deputado Semy Ferraz. “Queremos discutir o que significa este aumento para Mato Grosso do Sul”, disse. Semy Ferraz mostrou que os aumentos de tarifa permitidos em outros estados foram bastante inferiores ao autorizado pela Aneel para Mato Grosso do Sul. Enquanto a Enersul pretende reajustar a tarifa em 42,64%, a CEMIG (Minas Gerais) fará um reajuste de 27,49%, a CPFL (São Paulo), de 18,77%, a AES Sul (Rio Grande do Sul), de 17,13%, a RGE (RS), de 24,14% e a CEMAT (Mato Grosso) aumentará a tarifa de luz em 24,99%. "O reajuste do salário mínimo vai ser da ordem de 20% neste ano, portanto, não podemos reajustar a tarifa de energia em 42%”, argumentou Semy Ferraz. O deputado lembrou que o “apagão” impôs ao consumidor uma economia forçada de energia, o que foi compreendido pelo consumidor e respondido com patriotismo. O sul mato-grossense, inclusive, superou a meta de economia e, após o período de risco, continuou economizando, o que gerou uma diminuição da receita da concessionária de energia. De acordo com Semy, o consumidor não pode pagar por isso. </P>
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