<P>Os produtores rurais que tiveram terras invadidas por índios da tribo Terena, nos municípios de Dois Irmãos do Buriti e Sidrolândia, reuniram-se neste 25 de março, no Plenarinho da Assembléia Legislativa, com os deputados da Comissão de Agricultura e Pecuária da casa, para discutir possíveis soluções para o caso. O problema foi exposto pelo presidente da Famasul (Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul), Leôncio Brito. As fazendas ocupadas são Recanto do Sabiá, São Sebastião e Buriti, e os produtores reclamam que não podem fazer a colheita. Ademir Marques da Rosa, proprietário da Buriti, afirmou que está perdendo 80 hectares de soja, 30 de milho, 25 mil pés de tomate e 16 mil de laranja. </P><P>Segundo o deputado estadual Semy Ferraz (PT), um dos membros da comissão, mesmo os deputados reconhecendo que a Assembléia tem limitações no assunto, do ponto vista da competência, é preciso externar uma posição de descontamento e repúdio à ocupação. "Não podemos pactuar com o que ocorreu, e temos que exigir algumas providências, como a apuração de supostas ameaças de morte por envolvidos no conflito. Esta casa também deve se pronunciar, junto ao juíz responsável pelo processo, pedindo que ele priorize o caso, o que é importante tanto para os índios, quanto para os proprietários", afirmou.</P>
