<P>A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) autorizou, neste 8 de abril, o reajuste de 42, 26% na energia de Mato Grosso do Sul, sendo 33,59% a partir de hoje, e o restante dividido até 2007, além da correção inflacionária anual. Indignado com o abuso permitido pela agência reguladora à Enersul, o deputado estadual Semy Ferraz (PT), integrante do Fórum Permanente Contra o Reajuste da Energia, afirmou que entrará com ação na justiça para reverter a situação. </P><P>O Fórum se reúne às 16h desta quarta-feira, dia 9, no plenário da Assembléia Legislativa, para discutir o desdobramento da luta e preparar as ações. Segundo o deputado, o primeiro aspecto que será questionado judicialmente é a taxa de crescimento do consumo estimado de 1,57%, com o qual a Aneel e a Enersul trabalham. “Acontece que em 2002, mesmo com o apagão, o mercado cresceu 6,8%, e se trabalharmos com a taxa de 2002, reduziremos em 10% o índice concedido”, explicou. </P><P>Outro assunto que o deputado vai questionar é o valor da compra de energia. “A Enersul compra energia mais cara, com permissão da Aneel, quando poderia comprar a preços bem menores existentes no mercado. Por exemplo, a empresa compra a energia gerada em Costa Rica, que é dela mesma, a R$ 109,00 o MW/H, sendo que o excedente é vendido para Goiás a menos de R$ 60,00”. </P><P>Citando o exemplo da Celg (operadora goiana), que conseguiu liminar suspendendo a obrigatoriedade da compra da hidrelétrica Lagoa Dourada, Semy acredita que é possível conseguir o mesmo para Mato Grosso do Sul. “Um reajuste desta ordem mostra mais uma vez que a Aneel não está cumprindo o papel de regulação, nem garantindo equilíbrio entre as partes, e age a serviço exclusivamente das empresas”, finalizou.</P>
