<P> A preocupação em esclarecer os fatos que provocaram a suspeita de infecção hospitalar no HR (Hospital Regional) marcou a reunião entre deputados e profissionais de saúde envolvidos com a questão. O Presidente da Comissão de Saúde do Legislativo, Nelson Trad Filho, (PMDB), abriu os trabalhos explicando que a idéia da audiência surgiu “quando constatamos que, há mais de dez dias, a imprensa local, e até mesmo nacional, está noticiando as denúncias de infecção hospitalar no HR, e também o afastamento do Diretor Clínico da entidade, Ronaldo Costa, autor das primeiras declarações que sugerem contaminação do CTI do Hospital Regional”. </P><P> O Diretor do Hospital Regional, Salvador Arruda, iniciou o depoimento afirmando que Ronaldo Costa não foi afastado do cargo pelas denúncias apresentadas, “mas por desobedecer a hierarquia hospitalar”. Continuou a fala enfatizando que ao surgirem as suspeitas de contaminação do CTI “foi acionada a Comissão de infecção hospitalar do HR”. Salvador Arruda atribui as recentes mortes ocorridas no centro de terapia intensiva “ao fato da instituição abrigar muitos doentes de alto risco, considerados pacientes debilitados e terminais”. </P><P> A Diretora Clínica interina do Hospital Regional, Maria Denise Oliveira, disse que “só foi confirmado um caso de infecção hospitalar”. Segundo a médica, nos exames laboratoriais dos pacientes internados no CTI, apenas em um doente foi comprovada a presença do “pseudomonas aeruginosa” (agente infeccioso definido pelos especialistas como multi-resistente, de difícil tratamento e sinalizador de quadros de infecção hospitalar). Na opinião da Diretora Clínica “o caso isolado não caracteriza uma situação de infecção hospitalar”. </P><P> O Coordenador Estadual da Vigilância Sanitária, Márcio Toledo, informou que o órgão realizou uma fiscalização no Hospital Regional. “Revalidei a licença de funcionamento do HR, mas não liberaria o alvará se tivesse encontrado alguma irregularidade”, justificou o Coordenador. </P><P> Ao término das explicações o Diretor Arruda elogiou “a iniciativa de Nelsinho Trad em promover uma reunião clara, transparente, ética e decente”. Porém fez um alerta : “os que levantaram estas denúncias foram irresponsáveis e devem responder ética e civilmente pela situação provocada”.</P><P> “O papel desta casa – a Assembléia Legislativa – e de seus deputados é procurar participar e se envolver com os problemas da população”, argumentou o Presidente da Comissão de Saúde. No encerramento da audiência Nelson Trad Filho disse que a Comissão aguarda os laudos da Vigilância Sanitária, do CRM (Conselho Regional de Medicina), e da Comissão de Infecção Hospitalar do HR. “Com estes laudos em mãos poderemos tranqüilizar a população que procura atendimento no Hospital Regional”, finalizou o parlamentar. </P>
