Representante da Santa Casa pede complementação estadual e municipal para a tabela-SUS

17/06/2003 - 19:52 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<P>O representante da Santa Casa, Mauro Luiz Ribeiro, informou agora a pouco, durante a reunião da Comissão de Saúde, que 70% dos leitos do hospital são contratados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas devido a intensa demanda, o índice já atingiu 90%. Ribeiro afirmou que a tabela paga pelo SUS teve o último reajuste em 1994, e em fevereiro deste ano já apresentava defasagem de 208% se comparado ao IGPM, 182% em relação à inflação dos hospitais, 111% em relação ao custo dos remédios, 394% ao gás de cozinha e 294% em relação à energia elétrica. </P><P>Um estudo realizado pelo Sindicato dos Hospitais Filantrópicos do Rio Grande do Sul mostra que a defasagem entre os custos e a remuneração do SUS em relação à consulta básica chega a 601%, ou seja, enquanto o hospital tem um custo de R$ 14,32 para a realização da consulta, o SUS paga apenas R$ 2,04. Já o valor da consulta de especialidade, estaria defasado em 89% e o Raio-X simples, em 547%. </P><P>Ribeiro afirmou, em nome da entidade, que a solução para problema seria a "complementação emergencial do financiamento do SUS pelos gestores estadual e municipal." A Santa Casa apresentou quatro propostas neste sentido: 1) R$ 50,00 por AIH (autorizações para internações hospitalares) para os hospitais especializados e hospitais gerais sem serviço de urgência; 2) 10% sobre o valor total de AIHs (média complexidade, alta complexidade e extra-teto) faturadas mensalmente pelos hospitais gerais com serviço de urgência de nível I; 3) 15% sobre o valor de AIHs (média complexidade, alta complexidade e extra-teto) faturadas mensalmente pelos hospitais gerais com serviço de urgência de nível II; 4) 20% sobre o valor total de AIHs (média complexidade, alta complexidade e extra-teto) faturadas mensalmente pelos hospitais gerais com serviço de urgência de nível III.</P><P>A secretária de Saúde de Campo Grande, Beatriz Dobasche, explicou que para alterar o valor pago pelo SUS é necessária uma intervenção do Ministério da Saúde, já que se trata de recursos federais. "Não se pode resolver este problema em nível local, entre gestor municipal e estadual", afirmou.</P>
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