Propostas apresentadas na reunião da Comissão de Saúde sobre a superlotação nos hospitais

17/06/2003 - 21:30 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<P>&nbsp; Na terceira reunião organizada pela Comissão de Saúde do Legislativo para debater o atendimento e a superlotação nos hospitais públicos de Campo Grande foram registradas quatro propostas sugeridas pelos deputados, autoridades e representantes de várias entidades de saúde presentes ao encontro. As sugestões, ressaltadas pelo Presidente da Comissão de Saúde, Nelson Trad Filho, vão desde a mobilização da bancada federal de Mato Grosso do Sul para o aumento do teto financeiro do SUS (Sistema Único de Saúde), à realização trimestral de audiências públicas, pelos secretários de saúde do estado e da Capital, para a prestação de contas do montante de recursos destinados à saúde e de como estão sendo aplicados.</P><P>&nbsp; &nbsp;As outras duas propostas apresentadas são a criação de uma conta específica para a saúde gerenciada pela Secretaria de Saúde do estado e a ajuda, anunciada pelo Secretário Estadual de Saúde, João&nbsp;Paulo Esteves, de cinqüenta reais para medicação e dezesseis reais para a alimentação, por cada internação hospitalar do SUS.&nbsp;João&nbsp;Paulo Esteves , concordando com a situação denunciada pelos diretores de hospitais, afirmou que “a tabela do SUS está congelada há nove anos”. A crítica do Secretário foi para “ o número desnecessário de internações hospitalares no estado, que chegam a 16 mil por mês, quando não deveriam passar de 13 mil internações”.</P><P>&nbsp; &nbsp;A Secretária de Saúde de Campo Grande, Beatriz Dobashi, também citou a taxa elevada de internações hospitalares e gastos com medicação e exames. Segundo a Secretária “deveria se investir mais na atenção básica para reverter alguns problemas como o excesso de hospitalizações ou a redução do tempo das internações”.</P><P>&nbsp; &nbsp;O Procurador da República, Alexandre Amaral, enfatizou a necessidade do cumprimento das leis 8689 e 8927 que determinam a realização de audiências públicas trimestrais pelos gestores estaduais e municipais de saúde para a prestação de contas do montante e da fonte de recursos aplicados no setor. Ele acredita que “com estas audiências podemos identificar toda a verba existente e se ela está sendo integralmente aplicada na saúde”. </P><P>&nbsp; O Diretor Geral do Hospital Universitário, Luiz César Anzoategui, disse que a instituição “necessita de recursos urgentes para manter a qualidade no atendimento, já que trabalhamos com um déficit mensal de cerca de 600 mil reais”. O Diretor Clínico da Santa Casa, Mauro Luiz Ribeiro, apontou que o déficit mensal do hospital, apenas no Pronto Socorro, é de aproximadamente 400 mil reais”. Mauro Ribeiro elogiou a atuação de Nelsinho Trad à frente da Comissão de Saúde “por mobilizar tantas autoridades para resolver o problema dos hospitais públicos”.</P><P>&nbsp; &nbsp;O Diretor do Hospital Regional, Salvador Arruda, defendeu a criação de um órgão financiador da saúde, enquanto o Presidente da Maternidade Cândido Mariano, Issam Moussa, pediu ajuda de custeio do estado e do município para pagar funcionários e medicamentos do hospital. O vereador Robson Martin, integrante da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Campo Grande, levantou a bandeira da criação de um pronto socorro municipal e de uma melhor utilização dos centros de saúde para evitar a superlotação nos hospitais. </P>
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