Psiquiatra critica a falta de estrutura para atendimento a dependentes químicos

23/06/2003 - 16:57 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

O psiquiatra Juberty Antonio de Souza afirmou, na audiência pública sobre <EM>Prevenção e Tratamento ao uso de drogas</EM>, que o estado não possui estrutura para tratar adequadamente o dependente químico. "As poucas (unidades) que temos, algumas públicas, dependem da vontade pessoal de alguns profissionais". De acordo com dr. Juberty, "quando o Poder Público falha, a comunidade tenta suprir suas necessidades. Citou como exemplo, as dezenas de associações que existem em Campo Grande, nenhuma delas com uma diretriz técnica para o ptratamento ou preveção. Dr. Juberty disse ainda que "as pessoas que falam que maconha e cocaína não trazem dependência, lamentavelmente não têm contato com a realidade."
<p> A promotora do Juizado da Infância e Adolescência, Ariadne Perondi, também teceu duras críticas ao "descaso do Poder público e da sociedade". "O rico paga, faz tratamento em São Paulo, mas o pobre morre mesmo", disse, afirmando ser "um absurdo" não haver tratamento público em Mato Grosso do Sul, sendo este um estado que faz fronteira com outros países. A promotora elogiou, no entanto, a "coragem" do Hospital Regional que, mesmo sem estrutura adequada para atender dependentes, acolheu um grupo de meninos para desintoxicação e depois os encaminhou para a clínica Renascer, que, ainda segundo a promotora, "está longe de ser um lugar adequado para o tratamento". A promotora sugere uma parceria entre Estado e Município para tentar resolver o problema.</p>
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