<P>O superintendente de Política Agrária da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, Ermínio Guedes dos Santos afirmou, durante a audiência pública sobre trangênicos, na Assembléia Legisltiva, que "a ausência de certeza científica não é motivo para a não tomada de decisões". Ele lembrou que Mato Grosso do Sul foi pioneiro na elaboração de uma legislação estadual sobre trangênicos (Lei nº 2055, de 23/12/1999). Ele disse ser necessária a rotulagem dos produtos que utilizam trangênicos, para que o cidadão tenha condições de decidir sobre seu consumo ou não. "Em tese, é consenso entre os cientistas independentes que não existe prova segura de que os trangênicos não trazem danos ao meio ambiente, ao ser humano e aos animais." Santos lembrou que os produtos não transgênicos são mais valorizados no mercado internacional. No entanto, embora os não trangênicos sejam vendidos por um valor superior, os produtores não sentem essa diferença de lucros, porque atualmente são os exportadores que ficam com essa vantagem. "É necessário a formulação de uma política de segregação da produção, para que esse lucro saia da mão dos exportadores e fique com os produtores", defendeu. O superintendente concluiu que a tecnologia dos trangênicos é imperfeita e seus resultados são imprevisíveis.</P>
