Audiência pública sobre transgênicos continua

27/06/2003 - 19:03 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<P>&nbsp;A segunda parte da audiência pública sobre os produtos transgênicos teve início com a palestra "Biotecnologia Moderna", ministrada pelo pesquisador da Embrapa, Dr. Maurício Antônio Lopes que abordou a situação mundial dos transgênicos, as inovações no setor,&nbsp; as oportunidades para o Brasil e a regulmentação de leis específicas. "A biotecnologia moderna não se restringe apenas a produção de transgênicos", destacou. </P><P>De acordo com as explicações do&nbsp;pesquisador, a&nbsp;biotecnologia aplicada aos setores agroindustrial e agroalimenta&nbsp;criaram megacorporações&nbsp; "As pequenas empresas foram incorporadas de tal forma que hoje apenas&nbsp;4 empresas concentram 57 por cento do investimento global em biotecnologia".&nbsp; E os investimento&nbsp;custam caro: numa pesquisa de sucesso, para cada acerto são necessárias 250 tentativas. "Dizer não aos transgênicos pode ser perigoso", em países como Brasil e Africa que possuem solos pobres&nbsp;com estresses abióicos (secas)&nbsp;e bióticos (pragas) é preciso investir em pesquisa, regulamentar&nbsp; leis e se&nbsp;preparar para o futuro,&nbsp;caso contrário,&nbsp;esses países terão que importar tecnologias. </P><P>O Brasil, por lei, não pode ter safras de produtos transgênicos, mas este ano o Congresso Nacional regulamentou a comercialização de 7 milhões de toneladas de soja transgênicas produzida no Brasil com sementes contrabandeadas da Argentina. Essa safra de transgênicos&nbsp; colocou o Brasil num patamar equivalente a China e&nbsp;ao &nbsp;Canada. "Os primeiros produtos da biotecnologia moderna foram desenvolvidos priorizando valores econômicos e&nbsp;por isso surgiram posições extremadas", disse o pesquisador, que alertou também para a necessidade de tratar essa questão da tecnologia como uma questão de Estado e de desenvolvimento&nbsp;para o&nbsp;futuro.</P>
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