Deputada quer construir ala feminina em presídio de Três Lagoas

26/06/2003 - 14:43 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS

Três Lagoas não possui presídio feminino, contudo, comporta 29 reclusas em ambiente inadequado, que dormem no chão e não tem banheiro privativo. Preocupada com as condições das apenadas, a deputada Simone Tebet requereu ao secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Dagoberto Nogueira Filha, a reforma do estabelecimento penal de Três Lagoas, criando-se uma unidade feminina.<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p> <o:p></o:p>“É de suma importância que se faça a adequação das celas para melhor acomodar essas mulheres”, disse a parlamentar, argumentando que o Estado não precisará de grandes recursos para essa melhoria. “Será preciso apenas a construção de um banheiro e grades. Além disso, o número de agentes femininos para revista e segurança será pequeno”, completa a parlamentar.<o:p></o:p> <o:p></o:p>“Entre as apenadas temos grávidas, portadoras de HIV e até com doenças graves como o câncer, que estão instaladas em um anexo do presídio masculino, propiciando a oportunidade para promiscuidades”, preocupa-se.<o:p></o:p> <o:p></o:p>Em maio, sensibilizada com a situação, Simone Tebet já havia solicitado a reforma e a adaptação do prédio da Unidade de Intervenção Feminina para menores infratores – UNEI, que deve ser desativado em breve, para que o local fossetransformado em unidade prisional para mulheres.<o:p></o:p> <o:p></o:p>“O local possui seis celas, creche, enfim, infra-estrutura necessária para que estas mulheres tenham condições dignas de vida enquanto respondem por suas falhas diante da sociedade. A estrutura, depois de transformada, permitirá também que sejam desenvolvidos cursos profissionalizantes – o que acelera o processo de reabilitação das detentas. E por último, haveria uma forma mais adequada para as mães cuidarem de seus bebês”, explicou à época.<o:p></o:p> <o:p></o:p>A solicitação da líder do PMDB na Assembléia Legislativa, além de propiciar melhores condições para as detentas, tem alcance social muito grande. “O fato de as mulheres terem um local adequado evita a minimização da auto-estima; a possibilidade de sofrerem violência, já que não estarão mais misturadas com homens que cometeram todo tipo de violência; propicia condições de amamentação, o que reflete na qualidade de vida da mulher e dos bebês; proporciona melhores condições de convivência, diminuindo o risco de contato para contaminação do HIV, enfim, devolvendo a dignidade para quem cometeu erros, mas está pagando pr eles”, conclui.

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