Simone Tebet: prostituição infantil é discutida na Assembléia Legislativa

19/08/2003 - 15:30 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS

“Como mãe e como mulher não posso me calar diante de verdades estarrecedoras”, disse a deputada estadual Simone Tebet ao utilizar a tribuna, na sessão desta terça-feira, para falar sobre a prostituição infantil. O assunto foi levantado diante das informações divulgadas pela imprensa, no último final de semana, de que dois vereadores da Capital poderiam estar envolvidos com a exploração sexual de menores.<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p> <o:p></o:p>“Somos o primeiro país em número de prostituição infantil no continente, além de ter o maior número de crianças prostituídas na América Latina – são mais de 60 mil crianças na prostituição. Somos o segundo país do mundo, perdendo apenas para a Tailândia”, citou a parlamentar.<o:p></o:p> <o:p></o:p>Simone disse também que a rota do sexo não atinge apenas as cidades turísticas, como Rio de Janeiro e Recife. “Aqui, em MS, temos constatações de casos já esclarecidos e comprovados. Corumbá foi escolhida, em 2002, entre oito cidades do país para ser parte de um projeto nacional de combate à violência sexual de crianças e adolescentes”, relatou.<o:p></o:p> <o:p></o:p>A deputada conclamou os outros parlamentares a combater a promiscuidade e a banalização do sexo. “O que me preocupa é perceber que crianças e adolescentes não se chocam com estas questões. Esta Casa tem que se manifestar apresentando projetos de lei, como fiz, na última semana, dispondo sobre a exposição, comercialização e locação de fitas e vídeos, DVD, CD-ROM, revistas e outras publicações de conteúdo pornográfico do estado de Mato Grosso do Sul”, declarou.<o:p></o:p> <o:p></o:p>Depois de ser aparteada por vários parlamentares, Simone concluiu dizendo que leva à prostituição infantil é a miséria. “O aliciamento de menores é consequência da miséria, não apenas de pão, mas miséria da alma. É a miséria de ter em casa pessoas que não estão preparadas para educar seus filhos. (...) As nossas crianças não são só aliciadas, mas elas fogem da violência dentro de casa. São carentes de afeto. MS ainda é um Estado novo e provavelmente tem os menores índices de prostituição infantil do país. Temos que acabar com isso enquanto está no início: fica mais fácil acabar com esta situação ainda no começo. Seja quem for que cometer esta barbaridade, tem que ser punido. É um dos crimes mais desumanos que pode acometer. Se existe a prostituição infantil é sinal de que alguém está utilizando-se dela. Está na hora de pararmos de falar e agir. Peço ao governador, que também é pai, que injete recursos na Secretaria de Segurança Pública, possibilitando erradicar esta mancha que denigre a história de Mato Grosso do Sul”. <o:p></o:p>

Permitida a reprodução do texto, desde que contenha a assinatura Agência ALEMS.