<P> O projeto de lei de Nelsinho Trad (PMDB) que declara de utilidade pública estadual o “Grupo Solidário aos Portadores de Hepatite C” foi aprovado na sessão plenária de terça-feira (12/11). A matéria pretende dar maior visibilidade e condições de prevenir e tratar uma doença pouco conhecida da população: a hepatite C.</P><P> O Grupo Solidário é uma entidade civil, sem fins lucrativos, com sede em Campo Grande, que objetiva melhorar a qualidade de vida dos portadores de hepatite C e seus familiares. A instituição realiza, entre outras iniciativas, parcerias com profissionais de saúde e instituições qualificadas para facilitar o acesso dos pacientes à exames específicos e remédios.</P><P> “O grande problema que enfrento atualmente como portador de hepatite C são os custos do tratamento”, afirma Jurandir Rodrigues de Carvalho, funcionário da Assembléia Legislativa. Ele descobriu, há quatro anos, que tem a doença e luta para não interromper o tratamento. “Dei entrada em um processo na Defensoria Pública porque não tenho condições de pagar o medicamento”. Segundo Jurandir o remédio que precisa tomar para conter o avanço da infecção custa 700 reais. </P><P> Estimativas da OMS ( Organização Mundial de Saúde ) apontam a existência de seis milhões de infectados por hepatite C no Brasil. Já em Mato Grosso do Sul dados não oficiais indicam uma incidência de 2,5% na população. </P><P> Com a aprovação do projeto de Nelsinho Trad as necessidades da entidade de apoio aos portadores de hepatite C devem estar mais próximas de uma solução. As principais reivindicações do Grupo Solidário são : a inclusão, no orçamento anual de 2004, de recursos destinados à implantação de programas relacionados às hepatites virais; a criação de uma data especial, nos calendários municipal e estadual, para as atividades de divulgação especial sobre a doença, além da equiparação e capacitação dos centros públicos de saúde para fazer o teste de hepatite C. </P>
