<P> Nelsinho Trad (PMDB) ocupou a tribuna, na sessão plenária desta quarta-feira, para manifestar preocupação com o projeto que tramita na Assembléia sobre a instalação de empreendimentos agroindustriais, que permite a construção de usinas de álcool na área correpondente aos cursos d´água de influência direta na bacia pantaneira. O deputado disse que apóia a luta de ambientalistas, em especial do Fórum Permanente de Defesa do Pantanal, que denunciam os efeitos poluidores de usinas de álcool ao meio-ambiente pantaneiro. </P><P> Segundo Astúrio dos Santos, integrante do Fórum de Defesa do Pantanal, “uma usina de álcool produz dez vezes mais vinhoto do que álcool, um produto altamente perigoso, que absorve todo o oxigênio da água, matando por asfixia toda a vida aquática”. O ambientalista explica ainda que “além do vinhoto, uma usina lança no solo uma grande quantidade de outros poluentes : água de lavagem de cana, que é cáustica, detergentes e anticorrosivos usados na manutenção dos equipamentos”.</P><P> O parlamentar do PMDB aproveitou a oportunidade para fazer um alerta sobre a situação em que se encontram os municípios impactados pela Usina em Porto Primavera. Nelsinho Trad afirmou que “as prefeituras afetadas aguardam uma indenização da CESP (Companhia Energética de São Paulo), mas a quantia oferecida pela empresa está aquém do esperado”. De acordo com o deputado “ o governo de Mato Grosso do Sul deve receber apenas dois milhões de reais dos 27 milhões devidos pela Cesp, é por isso que precisamos preservar os interesses do estado, e não podemos ficar na condição de credor que recebe migalhas”. </P><P> A fala de Nelsinho recebeu o apoio dos deputados Waldir Neves (PSDB) e Simone Tebet (PMDB) Eles destacaram as conseqüências sociais verificadas <FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=1>nas</FONT> comunidades, pescadores e populações ribeirinhas atingidas pelo alagamento de cerca de 200 mil hectares para a construção da Usina em Porto Primavera. </P>