<P>Os deputados utilizaram a tribuna na sessão de hoje para debater denúncias de irregularidades na concessão de exploração de serviços portuários em Mato Grosso do Sul.</P><P>O deputado Semy Ferraz, do PT, falou que na licitação da concessão do porto de Três Lagoas houve irregularidades, entre elas a entrega do porto à iniciativa privada (Empresa Paulista de Navegação) sem a licitação. Também destacou que houve o desmatamento de quatro hectares próximo à área onde é feito o embarque e desembarque de mercadorias, prejudicando todo o eco-sistema. O parlamenhtar denunciou que a concessão foi feita pela prefeitura, com aprovação dos vereadores da localidade, de forma irregular .</P><P>Semy Ferraz também criticou, pela imprensa, a postura da deputada Simone Tebet, que no dia 10 de março deste ano, pediu, por ofício à Mesa Diretora, que o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) liberasse as atividades da empresa de navegação, embargada pelo órgão.</P><P>A deputada Simone Tebet usou a tribuna por cerca de meia hora para afirmar que a concessão foi realizada com autorização do executivo municipal de Três Lagoas e com aval dos vereadores, com parceer favorável do Ministério Público Federal, atendendo um anseio da sociedade local. "O porto é um sonho para Três Lagoas", completando que "se houver irregularidade, sou a primeira a querer apurar".</P><P>A parlamentar criticou a decisão da Assembléia em ter como relator Semy Ferraz na Comissão Extraordinária que vai acompanhar as investigações do Ministério Público sobre as denúncias contra familiares do Governador José Orcírio Miranda dos Santos na administração do porto do município de Porto Murtinho. "Semy, espero que tenha a imparcialidade", disse Tebet, referindo-se ao fato de Ferraz ser da mesma legenda do Governador do Estado.</P><P>O deputado Akira Otsubo, do PTB, após debate, comunicou à Mesa Diretora que foi eleito presidente da Comissão Extraordinária e afirmou: "Quero deixar bem claro que a Comissão tem uma missão, designada pelo presidente. A comissão tem poderes para examinar os documentos que a Assembléia Legislativa recebeu". </P>