Audiência Pública discute seguro obrigatório nos frigoríficos

18/03/2004 - 16:24 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<P>Representantes do setor agropecuário, das empresas frigoríficas e deputados discutiram na manhã de hoje, em Audiência Pública, o projeto de lei de autoria do deputado Waldir Neves, do PSDB, que obriga os frigoríficos de Mato Grosso do Sul a contarem com serviço de seguro, destinado a cobrir perdas falimentares prejudiciais aos produtores rurais instalados no Estado.</P><P>O deputado Waldir Neves disse que sua preocupação é desde fevereiro de 2000, quando propôs a abertura da CPI para apurar as possíveis irregularidades nas concessões de benefícios fiscais oferecidos aos frigoríficos, o que poderia estar causando evasão fiscal. O parlamentar disse que a instabilidade no setor acabou trazendo prejuízos aos produtores rurais. Dois frigoríficos fecharam ( Pedro Bonita e Diadema), acabando com 500 empregos diretos e deixando dívidas de R$ 21,2 milhões com pecuaristas.</P><P>Neves destacou que o seguro “não quer dizer que haverá custo para o consumidor”, reforçando que o Estado estará fazendo uma proteção a sua economia. </P><P>O empresário Antonio Russo Neto, presidente do Sindicato das Indústrias de Frios e Comércio de Derivados, que disse que o seguro é um custo a mais, recomendando que os pecuaristas analisem com cuidado a empresa a quem estão vendendo o boi. “Qualquer fornecedor pode avaliar a empresa que recebe o seu produto”, completando ser necessário que além de conhecer o frigorífico é necessário que se “ recorra a auditorias”, que dão segurança extra aos produtos. “O seguro pode ajudar a quebrar. Aquele que pagar vai quebrar”, disse Russo Netto, enfatizando sua posição contrária à implantação do seguro.</P><P>Rodolfo Vaz de Carvalho, presidente do Sindicato Rural de Mato Grosso do Sul, disse que “o produtor rural clama por seguro. Achamos que é uma solução, mas precisamos adequá-la para que esteja protegendo seus bens de pessoas que trabalham de fachada e pessoas de outros Estados. Que façamos mais audiências públicas para discutir o assunto.” </P>
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