<P>Mais de 250 acadêmicos dos cursos de Medicina da UFMS de Campo Grande e Dourados, presentes no plenário Júlio Maia, na Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul, aplaudiram de costas o discurso do reitor Manoel Catarino Paes Peró como forma de protesto às afirmações apresentadas.<P>Peró argumentou que a situação do curso de Medicina não é restrita à sua gestão, iniciada há pouco mais de três anos. "O curso foi criado há cinco anos. Estou com a consciência tranqüila, pois não dei o ponta-pé inicial para o caos atual". Segundo o reitor, as primeiras medidas de sua gestão foram em busca de algumas melhorias do quadro de docentes, regularizando a situação de 18 professores e disponibilizando 28 professores voluntários. Manoel Peró reconheceu que o bloco do curso de Medicina de Dourados ainda não está pronto, mas alegou que um dos fatores para a demora na construção foi o campus não ter passado o orçamento para que a direção pudesse promover a licitação da obra.<P>"Não tenho poder para fazer a universidade mudar como se fala. Nem o ministro tem tal poder. Ele recorre ao Ministério do Planejamento, que recorre à Casa Civil, pois só o presidente da República resolve. Não é com um passe de mágica", ponderou Peró.<P>Entre os investimentos feitos pela gestão de Peró, o reitor destaca a destinação de R$ 120 mil para a compra de computadores e outros R$ 150 mil para a aquisição de livros. Além de outros equipamentos para o curso. Quanto aos professores, o reitor informou que dois editais de concurso foram publicados, mas em nenhuma das oportunidades houve procura. "Fizemos uma administração longe da ideal, mas tendo em vista nosso orçamento foi o possível", afirmou Peró.
