Deputado Roberto Orro homenageia Dr. Huberto Neder com Comenda do Mérito Legislativo

06/04/2004 - 12:21 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<P>A Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul outorgará, por proposição do deputado Roberto Orro, no próximo dia 20 de abril, a Comenda do Mérito Legislativo ao brilhante advogado e um dos maiores empresários do setor das telecomunicações no Estado, Dr. Humberto Neder. A Sessão Solene de outorga de Comenda do Mérito Legislativo e de Título de Cidadão Sul-Mato-Grossense acontecerá, às 20 horas, no Plenário Deputado Júlio Maia, do Palácio Guaicurus, em Campo Grande-MS. </P><P>“O Currículum Vitae de nosso homenageado retrata, com bastante clareza, a história de uma vida pautada por lutas e vitórias”, afirmou o deputado Orro, ao solicitar, através do Projeto de Resolução, a justa homenagem concedida ao Dr. Humberto Neder, pelos relevantes serviços prestados à comunidade sul-mato-grossense.</P><P> Nascido em Campo Grande no dia 30 de agosto de 1920, filho de Rachid Neder e Euzébia Neder, Humberto Neder cursou o primário no Grupo Escolar Joaquim Murtinho, tendo ingressado em 1931 no Ginásio Dom Bosco, pouco antes adquirido pelos padres Salesianos. Em 1936, com a mudança da família para o Rio de Janeiro, transferiu-se para o Instituto Lafayette, onde terminou o curso ginasial, e depois, no Colégio Andrews completou seu curso básico, então chamado complementar. </P><P>]Em 1941 ingressou na Faculdade Nacional de Direito do Rio de Janeiro, tendo sido, durante o curso, em 1943, convocado para o Exército Brasileiro, permanecendo em serviço por quase três anos, inclusive participando, como Cabo, de operações de guerra na Itália, recebendo posteriormente a ”Medalha de Campanha” como integrante da Força Expedicionária Brasileira. Ao regressar, finda a guerra, em 1945, pode finalmente concluir o curso de Direito, tendo nessa época recebido uma homenagem especial da Congregação da Faculdade Nacional de Direito pela sua participação durante a Campanha da Itália. </P><P>Durante dois anos praticou advocacia no Rio de Janeiro, cidade onde se casou, no dia 14 de março de 1947 – há 45 anos, portanto, com a mineira Nair de Toledo Câmara com quem teve seis filhos, um dos quais já falecido. Nesse mesmo ano, mudou-se para Campo Grande, vindo a ser um dos primeiros advogados aqui nascidos, tendo instalado seu escritório no recém terminado “Edifício Santa Elisa”, hoje “Edifício Nakao”, exercendo plenamente a profissão que abraçara não só nesta Comarca, mas em toda a Região Sul do Estado, notadamente em Dourados. </P><P>Aproximadamente 10 anos depois, com o seu envolvimento crescente em atividades empresariais, terminou se afastando das atividades forenses. Data, porém, de 1953 seu ingresso no ramo das telecomunicações, na qual se distinguiu como um autêntico pioneiro, amplamente conhecido em todo o Brasil e no exterior. Nessa ocasião, meados 1953, recebeu um convite do então Prefeito Municipal de Campo Grande – Wilson Fadul, um apelo para organizar uma empresa composta exclusivamente de cidadãos de elevada idoneidade e patriotismo capaz de resolver o premente problema da telefonia em Campo Grande, cuja concorrência estava para ser aberto, destinada a substituir o antigo sistema a magneto, instalado em 1918 e desde há muito, completamente obsoleto e quase totalmente inoperante.</P><P> Com total liberdade de ação para a escolha da Comissão organizadora da futura sociedade, que se convencionou chamar de Companhia Telefônica de Campo Grande, tomou a iniciativa de convidar para dela fazer parte o Dr. Gualter do Carmo Barbosa, gerente do Banco Comércio e Indústria de São Paulo; Sr. Etalívio Pereira Martins, Presidente do Sindicato dos Criadores; Sr. Aikel Mansour, Presidente da Associação Comercial, e finalmente, seu amigo Michel Nassaer, comerciante. Assim constituída a Comissão Organizadora, logo se deu inicio ao levantamento de capital e tão grande foi a repercussão e ao apoio recebido, que em apenas oito dias se conseguiu levantar a importância necessária para a instalação das primeiras 1.500 linhas, num montante de oito milhões de cruzeiros, uma grande quantia para a época.</P><P> No dia 23 de dezembro de 1953 se deu a instalação da Companhia Telefônica de Campo Grande e logo em seguida foi contratado com a empresa sueca Ericsson do Brasil, o fornecimento e instalação das 1.500 linhas, além da entrega de todos os projetos, assistência técnica, preparação de pessoal, além do financiamento em médio prazo, sem o que não teria sido possível a concretização do grande objetivo. Com a grande expansão verificada nas suas atividades, a fim de melhor e de maneira mais econômica administra-las, resolveu incorporar todas as empresas e serviços numa única entidade, que se tornou a Cia. Telefônica Oeste do Brasil – TELEOESTE, que chegou a ser a sexta empresa do ramo no País. </P><P>Em 11 de fevereiro de 1963, com grande repercussão em todo Brasil e até no exterior, foi inaugurado o 1º. Serviço telefônico interurbano do Estado de Mato Grosso, com oito canais de voz ligando Campo Grande a São Paulo. Poucos meses depois o interurbano era estendido para quase todas as cidades de Mato Grosso e onde não havia ainda serviços locais foram instalados postos públicos. Foi, então, o Dr. Humberto Neder, em reconhecimento pelos serviços prestados à causa das telecomunicações no país, eleito por unanimidade Presidente do SINDICADO DAS EMPRESAS TELEFÔNICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO, que reunia também as empresas dos Estados de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, entre outros.</P><P> Em 1962, atendendo a insistentes pedidos de amigos, empresários e companheiros de lutas, decidiu concorrer ao Senado da República, numa aliança entre seu partido PTB e o PSD, tendo sido eleito Suplente do Senador Filinto Muller. Com licenciamento do titular, exerceu por algum tempo o alto cargo de Senador da República, antes do golpe de estado de 1964, não voltando a exercê-lo por pertencer ao PTB e devido às suas estreitas ligações com os Presidentes Juscelino Kubistchek e João Goulart. </P><P>Finalmente, decidiu no ano de 1974, durante o Governo do General Geisel, em companhia de sua dedicada esposa e de um dos filhos varões, exilar-se no Paraguai, terra natal de sua mãe, onde adquiriu uma fazenda de criação e permaneceu por vários anos, até que com a anistia a fim do ciclo militar pôde regressar livremente ao Brasil, voltando a residir nesta cidade, dividindo atualmente o seu tempo em visita a seus familiares que vivem em São Paulo e suas atividades no país vizinho. </P>
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