No copo ou na mamadeira, ainda muito cedo, a ele a criança é apresentada: é o leite. Com chocolate, no mingau, com café ou até mesmo puro o leite serve de alimentação base para milhares de pessoas e normalmente além de muito bem apreciado é, também, bem tolerado pelo organismo humano; com raras exceções. <P>Pensando nisso, e preocupado com o bem estar do povo sul-mato-grossense (em especial com as crianças em idade escolar) o deputado estadual Paulo Corrêa - PL está trabalhando para firmar um convênio com a prefeitura municipal de Campo Grande para inclusão do leite "barriga-mole", adquiridos da bacia leiteira do próprio município, na merenda escolar municipal.<P>Apesar de existir restrições pelo Ministério da Educação (MEC), que não permite a exclusão do leite em pó das crianças abaixo de quatro anos (atualmente, a base da merenda escolar municipal em todas as séries é o leite em pó, que não é produzido no Estado) o prefeito André Puccinelli, PMDB, aceitou a proposta do deputado para incluir o leite na merenda do ensino fundamental. <P>Em Campo Grande, a prefeitura dispõe de 84 escolas na cidade e 14 na zona rural. A intenção é que o leite 'barriga mole' seja incluído em todas elas " São, ao todo, 74 mil alunos o que significa 13 mil litros de leite/dia para poder atender a demanda. Porém, para a inclusão do leite 'barriga mole' na merenda, teríamos que sofrer algumas adaptações. Em Campo Grande temos 4 veículos para atender as escolas com os gêneros secos e molhados. Abastecemos em média uma vez por semana. Com o leite terá de ser diferente", afirma Danilo Medeiros, diretor da Coordenadoria de Abastecimento Alimentar do município. Danilo se refere ao fato de que a validade do leite 'barriga-mole' é de três dias. "Outro ponto em questão é que todo o leite deverá passar por um critério de avaliação, e somente após o laudo oficial da qualidade do produto ele poderá ser distribuído nas escolas. Merenda escolar é coisa séria, exigimos o laudo sempre" conclui Medeiros.<P><B>Reunião discute licitação para distribuição do leite produzido no Estado nas escolas municipais</B><P>A reunião para tratar da logística de entrega, qualidade e quantidade do leite a ser consumido pelas crianças da Rede Municipal de Ensino aconteceu hoje, 19 de Abril, na Comleite - Cooperativa Mista dos Produtores do Leite da Região Centro-Sul - participaram o Diretor da Cooperativa, Adirson de Almeida Santos, Denis Vilella, representado o Sindicato Rural de Campo Grande ,Danilo Medeiros, diretor da Coordenadoria de Abastecimento Alimentar além de representantes dos vendedores de leite in natura.<P>" Sempre falamos em 'cinturão verde' agora precisamos criar o nosso forte 'cinturão branco'. Temos tudo para termos um mercado significativo e uma bacia leiteira de quantidade e qualidade. No entanto, hoje já definimos, na reunião, que ainda esta semana estaremos tratando dos detalhes para abrirmos a licitação, já que o convênio vai permitir a compra de aproximadamente 260 mil litros de leite/mês", afirma o deputado Paulo Corrêa. "O que tem de ficar claro na questão legal da licitação é a exigência de que leite a ser adquirido seja produzido no Estado", diz Corrêa, preocupado com a 'invasão' feita pela Nestlé e Parmalat em Mato Grosso do Sul no ano de 2001, que interferiu e prejudicou toda a bacia leiteira no Estado. "Com a CPI do leite conseguimos amenizar a situação. Agora precisamos alavancar o nosso cinturão, gerar renda, emprego e alimentar as crianças com o que produzimos" conclui o deputado. <P>Adirson de Almeida Santos está otimista com a parceria. "Com essa atitude estaremos aumentando a produção do laticínio, além de regularizarmos a questão dos vendedores de 'leite de canequinha' que estão, legalmente, proibidos de comercializar o leite in natura", diz o Diretor. Ele ressalta a importância da manutenção de postos de trabalho, porém, preocupa-se com uma pequena parcela deles que não se enquadram nas questões sanitárias. "As exigências são muitas e a qualidade do leite a ser entregue tem de ser garantida" conclui.