Simone: aumento irrisório do salário mínimo é vergonhoso

04/05/2004 - 15:59 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS

Indignada com o valor do novo salário mínimo, a deputada Simone Tebet usou a tribuna, na sessão desta terça-feira, para expressar sua indignação. “Deveríamos comemorar o novo valor? Comemorar o quê, com 12 milhões de desempregados. Ainda temos no Brasil trabalho rural escravo, milhares de crianças trabalhando – o PETI não funcionou em 2003, o que significa aumento de 50% da quantidade de crianças que vivem sua infância para enfrentar a labuta”. <?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p>A parlamentar fez uma análise da atual situação dos cidadãos brasileiros e esbravejou: “Esse aumento de R$ 20,00 é vergonhoso. No Brasil, o índice oficial de inflação é pouco mais que 5%. Só se esse índice estiver no imaginário de quem comando o país. Eu gostaria de saber como fica a promessa feita, em campanha, pelo presidente Lula, de dobrar o poder aquisitivo do trabalhador brasileiro. Como fica a promessa de estipular o valor de cem dólares para o salário mínimo?”, questionou.<o:p></o:p> <o:p></o:p>A deputada lembrou de uma declaração do presidente da República em que este afirmou não haver dinheiro para aumento maior, que se o fizesse seria irresponsabilidade. “Vou dizer o que eu entendo por irresponsabilidade: é prometer e não cumprir, é enganar a população. O governo federal não tem dinheiro para propagandas milionárias? Para comprar avião de luxo para o presidente? Então como não tem dinheiro para pagar melhor o trabalhador? <o:p></o:p>Para Simone, este governo está frustrando o povo brasileiro, ao prometer e não cumprir. “Em 2003, o Brasil pagou aos bancos internacionais R$ 6 bilhões a mais do que estava acordado com o FMI. O que tem isso a ver? Ora, se o presidente determinasse um mínimo de cem dólares isso significaria R$ 5 bilhões. Se não houvesse dinheiro, não se pagaria a mais para os bancos”, enfatizou.<o:p></o:p> <o:p></o:p>“Quero deixar claro que não ocupo essa tribuna para fazer a crítica pela crítica. O PMDB, meu partido, está impaciente com o governo e queremos que nossa impaciência, nossa angústia por não poder ajudar o provo brasileiro, chegue ao presidente. Existem também outras questões que não estão totalmente claras para nós: quanto do orçamento de 2003 foi liberado para MS este ano? Quanto do orçamento de 2002 foi liberado em 2003 para nosso Estado?”.<o:p></o:p> <o:p></o:p>Simone foi categórica ao afirmar que não é possível esperar mais para se tomar alguma atitude, porque não se sabe qual será o futuro deste governo. “O presidente Lula foi até Ribeirão Preto para entregar cinco ambulâncias – não foram 500 ou 5.000 – foram apenas cinco e depois se descobriu que eram veículos reformados, adquiridos no governo FHC. Veículos que já transitavam pelo município”.<o:p></o:p> <o:p></o:p><SPAN style="FONT-SIZE: 10pt; FONT-FAMILY: Verdana; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA">Para concluir, Simone afirmou: “Queremos, ao ocupar a tribuna hoje, mostrar nossa indignação com aumento irrisório do salário mínimo, se é que se pode chamar de aumento. Não queremos que o presidente seja visto como um mito porque o Brasil não precisa de mitos, precisa de exemplos. Os mitos são fabricados pela mídia, mas os exemplos se constroem com o trabalho, a seriedade, a honestidade daquele cidadão que levanta de madrugada, passa horas no ônibus, trabalha o dia todo, muitas vezes sem alimentação adequada, e volta tarde para casa, para assumir outros afazeres e recomeçar no dia seguinte. Exemplos são os trabalhadores brasileiros. Quiçá possamos ainda ver o presidente do nosso país ser chamado de exemplo no futuro”.

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