Pesquisador faz alerta sobre mexilhão dourado no MS

O biólogo e superintendente de pesca da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Thomaz Lipparelli, fez uma apresentação baseada nos componentes biológicos da Água, durante o I Seminário de Águas de Mato Grosso do Sul, realizado na Assembléia Legislativa.
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As principais explicações foram sobre o comprometimento qualidade das águas devido às espécies invasores que ocorrem no Brasil. Segundo o biólogo, espécie invasora nada mais é que um ser vivo exótico ao ecossistema. “São seres que aparecem num ambiente onde não era encontrado anteriormente e podendo causar impactos ecológicos”, disse Lipparelli.
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Dentre os exemplo utilizados, o biólogo citou o mexilhão dourado (Limnoperna fortunei) que é um molusco originário dos rios da China, mas que no ano de 1991 foi introduzido no Brasil, através das “águas de lastro” (transportadas pelos navios) e cascos de navios que fazem a rota de comércio entre o país asiático e a Argentina. A partir de 1998 o mexilhão foi detectado no Pantanal nos cascos de embarcações do sistema Paraguai-Paraná, tendo alcançado a cidade de Bela Vista do Norte, no Mato Grosso. Recentemente o mexilhão dourado foi encontrado no rio Miranda.
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Os maiores problemas causados pela espécie são em estações de captação e tratamento de água (entupimento e mau funcionamento de tubulações e bombas). Esse fato aumenta o custo de manutenção nas empresas geradoras de energia elétrica e, conseqüentemente, o prejuízo repassado para a conta do consumidor.
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“Nós temos que cuidar para o mexilhão não se espalhar para outras regiões do Brasil. O prejuízo é econômico e ambiental, pois a espécie encontra nas águas calcárias seu melhor ambiente de proliferação. Se um dia for registrado em Bonito a proliferação rápida fará com que a paisagem mude em alguns anos. Onde você hoje enxerga pedras, vai somente ver os moluscos encrustados”, explicou Thomaz Lipparelli. Após apresentação o público pôde ver de perto vários mexilhões trazidos pelo biólogo.