Nelsinho vai questionar governo sobre obras do Mercado do Produtor

24/05/2004 - 19:51 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

Encontrar uma solução para o “elefante branco”. Esta foi a razão para o deputado estadual Nelsinho Trad (PMDB) convocar a audiência pública desta segunda-feira, realizada no Plenário Júlio Maia, na Assembléia Legislativa. O Mercado do Produtor é teve suas obras interrompidas em 1992, durante o governo de Pedro Pedrossian, e em 1996 no primeiro mandato do governador Zeca do PT.

<P>Trad explica que o objetivo é chamar atenção das autoridades para a construção do Mercado, no prolongamento da avenida Ernesto Geisel, em Campo Grande. “O que temos é um descaso com o dinheiro público e um desperdício de recursos arrecadados a partir de impostos pagos pela sociedade. Além disso, o local está à mercê de bandidos e marginais”, disse o deputado lembrando que, em junho de 2001, foi encontrado no espaço o corpo de uma universitária que havia sido estuprada e depois assassinada.
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A proposta da reunião partiu dos produtores e comerciantes segundo o parlamentar. Produtores como João Carlos Leite, presidente do Clube dos Feirantes, que participou da mesa de discussão. “Nós não estamos trazendo um novo problema, mas tentando encontrar alternativa para o funcionamento do mercado do produtor, ou do que for implantado no local”, explica. Segundo o presidente, desde novembro de 2003 a entidade tenta sem sucesso agendar uma audiência com o chefe da Casa-Civil, Paulo Duarte, para discutir o assunto.
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João Carlos Leite explica que o projeto inicial da Central de Comercialização foi alterado pelo governo para a construção de um Parque Multifuncional do Produtor, que o presidente garante ter a mesma finalidade. Leite explica que 1,3 milhões, proveniente de uma indenização da Companhia Elétrica de São Paulo – CESP, foi investido na retomada da obra. O valor foi suficiente para a colocação de janelas, adaptações dos banheiros para portadores de necessidades especiais, colocação do mezanino, mudança do restaurante e terraplanagem do terreno. Mas com o abandono da obra, hoje seriam necessários outros 3,3 milhões para completa revitalização.
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A área destinada para o Mercado do Produtor é de 62 mil m², sendo 10.800 m² de área construída. A previsão do Clube dos Feirantes era gerar 2.500 empregos diretos através dos 467 pontos de comércio.
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“Vamos preparar um relatório da reunião para encaminhar ao chefe da casa Civil, Paulo Duarte, com todas as sugestões e alternativas apresentadas pelos produtores e marcar uma data para as propostas serem discutidas com a presença de representantes do governo. Queremos obter uma resposta, seja positiva ou negativa, mas que acabe com a nossa angústia de esperar muito tempo por uma obra que ainda não saiu do papel”, proferiu Nelsinho Trad ao final da reunião.
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