Teruel discute desenvolvimento regional em Brasília

02/09/2004 - 19:10 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

O deputado estadual Pedro Teruel, representando a
Associação Brasileira de Empresários pela Cidadania-CIVES,
esteve presente nesta quinta-feira, no Palácio do Planalto,
em Brasília, na reunião do Conselho de Desenvolvimento
Econômico e Social da Presidência da República-CDES, que
contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva e do ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes.
<P> O presidente Lula afirmou que não faltarão recursos para
financiar projetos que sejam fundamentais para o
investimento, desde que demonstrem serem viáveis e com
resultados para o desenvolvimento nacional.
<P> O ministro Ciro Gomes, por sua vez, apresentou aos
conselheiros do CDES a nova “Política Nacional de
Desenvolvimento Regional”, definida a partir do mapeamento da
dinâmica de crescimento de cada uma das regiões do país em
relação a fatores como PIB per capta, renda média e mínima,
escolaridade, entre outros. Segundo Ciro Gomes, a
desigualdade em relação ao crescimento econômico ainda é
muito elevada e isso pode ser observado em todo o país. O
ministro revelou, ainda, que órgãos como a Sudeco, Sudene e
Sudam serão recriados com nova concepção, para que funcionem
blindados contra a corrupção, as fraldes e os desvios de
recursos que marcaram suas histórias.
<P> Teruel defendeu o investimento no potencial próprio de
cada brasileiro para alavancar o desenvolvimento
nacional: “Quanto mais brasileiros forem incluídos no setor
produtivo, mais o país se desenvolverá. Não podemos nos
apoiar apenas na visão econômica da questão. O importante é
enfocar a saúde, a educação, o saneamento e tudo que diga
respeito à qualidade de vida dos cidadãos”.
<P>O deputado aponta, ainda, distorções na tese defendida
por alguns setores de que as regiões Norte e Nordeste, por
serem economicamente menos favorecidas, devam ser
privilegiadas em relação a investimentos, excluindo o Centro-
Oeste de benefícios, por ter dinâmica de desenvolvimento mais
compatível com as regiões Sul e Sudeste. “Quem mora nas
periferias das grandes e médias cidades, em qualquer ponto do
país, muitas vezes tem renda igual ou menor que as populações
carentes do Norte e do Nordeste. Existem áreas com grande
desenvolvimento econômico cercadas por bolsões de pobreza e
miséria. Os investimentos devem se espalhar por todo o país,
sem discriminação”.
<P>Em relação aos recursos do Fundo Nacional de
Desenvolvimento Regional, cuja divisão está sendo defendida
pelos governadores dos estados de forma a ser inversamente
proporcional ao PIB per capta, com estados que apresentam
menor índice recebendo os maiores montantes, o CDES concluiu
que tal fórmula não diminui as desigualdades. Por
recomendação do Conselho, ainda que os investimentos sejam
estaduais, a política deve ter caráter nacional, para que
verdadeiramente favoreça toda a população brasileira.
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