Orro luta pela criação do Museu de Arte e História Indígena do Povo Terena em Aquidauana-MS

21/10/2004 - 14:13 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<P>O deputado Roberto Orro (PDT), 2º Secretário da Assembléia Legislativa, vem defendendo a criação, em Aquidauana-MS, de um Museu de Arte e História Indígena do Povo Terena. Neste sentido teve aprovada de sua autoria, na última terça-feira, 19 de outubro, uma indicação dirigida ao Governador José Orcírio Miranda dos Santos, ao Secretário de Estado de Cultura do Estado e ao Administrador Regional da FUNAI, com essa solicitação.</P><P> “Por si só - diz Orro - já se justificaria a criação do museu, se pensar os museus não só como espaços expositivos e de preservação, mas, sobretudo, como espaço aberto para a diversidade étnica e cultural que associam conhecimentos, formas de expressão, celebrações, quando a perspectiva é a história da humanidade”. </P><P>Profundo conhecedor da questão e amigo dos índios desde sua infância, Orro argumenta que “a história dos Povos Indígenas de Mato Grosso do Sul, em muitos momentos, se confunde com a própria história do Estado, figurando em todos os grandes episódios históricos, os quais os índios Terena tiveram destacada participação. Conhecidos pela habilidade na agricultura e no artesanato e, pela índole pacífica, foram os últimos a entrar na Guerra do Paraguai e pode ser esse o motivo de não terem sido totalmente dizimados como outros povos”. </P><P>Nesse sentido, diz Orro, “pensar no legado e patrimônio histórico que as Nações Indígenas representam para o Estado e os Terena, para o Município de Aquidauana, a criação do museu será primordial, não apenas para as gerações futuras da comunidade indígena e sim para toda sociedades sul-mato-grossense”. </P><P>O Segundo Secretário da Assembléia lembrou que, “no início do século XX, os Terena atuaram junto ao Marechal Rondon na construção das linhas telegráficas, do extremo Oeste do país até a Amazônia Ocidental, também tiveram destaque na construção da estrada de ferro Noroeste e da fundação de diversas cidades ao longo da via férrea”. </P><P>Lembrou, ainda, “que apesar de toda dificuldade em sobreviver e resistindo aos avanços da modernidade, os Terena mantém seus costumes, tradições e sua língua nativa. A alternativa atual de arte indígena, tida como artesanato, é um dos meios de subsistência, e se dá, principalmente, através do barro, da palha e da tecelagem, atividade que representa a nítida continuidade de sua arte ancestral indígena”. </P><P>Pertencentes ao tronco lingüístico Aruak, os Terena constituem a maior nação indígena de Mato Grosso do Sul, são cerca de 18 mil indivíduos, com uma ocupação fragmentada em diversas regiões do Estado, principalmente na região Oeste. Nela o município de Aquidauana registra a maior população indígena do estado de Mato Grosso do Sul, que por sua vez é a segunda maior população indígena do Brasil.</P><P> Jorn. Maria Helena Brancher – DRT/RS: 4.062 </P>
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