Semy vai propor amanhã audiência sobre compra de votos

25/10/2004 - 19:20 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<P>O deputado estadual Semy Ferraz (PT) apresentará, na sessão deste 26 de outubro na Assembléia Legislativa, requerimento propondo uma audiência pública para discutir o abuso do poder econômico nas últimas eleições. Segundo ele, é preciso que a sociedade e seus representantes dêem um basta ao problema de compra de votos que já se tornou comum, conforme se viu em Mato Grosso do Sul nas eleições municipais deste ano. “A prática está tão impregnada nas eleições que, este ano, até um candidato que concorreu sozinho ao cargo de prefeito de Costa Rica está respondendo processo na Justiça Eleitoral por abuso do poder econômico”, exemplifica.<BR><BR>Conforme o deputado, a intenção com a audiência, que será proposta para 2 de dezembro, é reunir parlamentares, representantes da Justiça Eleitoral e da sociedade, através de entidades civis como a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), para discutir o problema de compra de votos nas eleições. Desta forma, ele pretende chamar a atenção da opinião pública e deflagrar um movimento nacional para acelerar e aprovação da Reforma Política no Congresso, visando criar mecanismos que inibam o abuso do poder econômico de candidatos. Um dos pontos mais polêmicos da proposta de reforma, por exemplo, é a instituição de financiamento público de campanhas.<BR><BR>“Embora em muitos casos a compra de votos seja tolerada, felizmente a maioria dos eleitores está cansada de ver candidatos elegerem-se através do poder econômico e é preciso uma mobilização contra isso”, ressalta Semy. Para ele, é necessário que a Reforma Política crie mecanismos na legislação eleitoral que impeça “dribles” por parte dos candidatos. “É o caso, por exemplo, da contratação indiscriminada de cabos eleitores às vésperas das eleições, que é na verdade compra disfarçada de votos”, diz. Para discutir o tema, o deputado pretende convidar o consultor técnico da Câmara dos Deputados, Antônio Carlos Cintra, que trata da Reforma Política naquela Casa.</P>
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