Ação garante porto e não embarcadouro de madeira, diz Semy

25/11/2004 - 18:42 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p>O deputado estadual Semy Ferraz (PT) destacou, neste 24 de novembro, que não teria entrado com a ação popular, impedindo a construção do Porto em Três Lagoas por uma empresa privada, caso a prefeitura daquela cidade comprovasse que só havia uma empresa interessada em explorar a área, já que não foi feita licitação. Para ele, que impetrou ação popular impedindo que a EPN (Empresa Paulista de Navegação) construísse o porto, a Cesp (Companhia Energética de São Paulo) vai assumir o empreendimento e, posteriormente, a prefeitura vai abrir licitação para que uma empresa possa operar.</p>

<p>Conforme Semy, o porto da EPN serviria apenas como embarcadouro de madeiras, e beneficiaria apenas a si mesma e a Votorontim, que comprou a madeira do maciço florestal existente no município. Outro ponto que também interferiu na decisão do deputado de entrar com a ação é que a prefeitura abriu mão do compromisso assumido pela Cesp de construir um porto, como compensatório do alagamento do rio Paraná para a Usina de Porto Primavera. “Pelo menos deixasse que a Cesp construísse outra obra”, referindo-se a benfeitorias como a rede de esgoto e conjunto habitacional.</p>

<p>O deputado ressaltou ainda que, com a proposta da EPN, a população de Três Lagoas ficaria no prejuízo, já que o “embarcadouro” iria escoar a madeira da cidade sem agregar valor, o que deixaria de gerar empregos no município e inviabilizaria o trabalho de muitos caminhoneiros. De acordo com Semy, a Cesp já está no local dando prosseguimento à obra, apesar de ainda não ter licença ambiental. A liminar, que impede a EPN de executar a obra, deixa nulo o contrato de concessão firmado com a prefeitura daquela cidade.</p>
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