Lucro de R$ 3,06 bilhões do Bradesco merece reflexão, diz Semy

01/02/2005 - 17:33 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

A divulgação, neste 31 de janeiro, de que o banco Bradesco fechou o balanço de 2004 com lucro líquido recorde de R$ 3,06 bilhões, superando em 32,7% o resultado do ano passado (R$ 2,306 bilhões), levou o deputado estadual Semy Ferraz (PT) a afirmar que o fato merece profunda reflexão da classe política brasileira, bem como de todos os cidadãos. Ele ressalta que, como o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro cresceu cerca de 5%, é preocupante o lucro de um banco ter sido superior a 30%, pois certamente está agravando a brutal concentração de rendas no país.<BR><BR> Nesse aspecto, o deputado chama a atenção para a necessidade de a sociedade civil, o governo e os parlamentares atuarem contra as abusivas taxas de juros cobradas pelas instituições financeiras, utilizando como instrumento o Código de Defesa dos Consumidores. “Contra isso, o governo precisa estimular a utilização de cooperativas de créditos, como o Sicredi – Banco Cooperativo e outras instituições de funcionários e servidores”, afirma, destacando também a necessária discussão sobre a taxação e o controle das transações financeiras internacionais especulativas, “assunto sobre o qual o Congresso Nacional deveria se pronunciar”.<BR><BR>Ainda sobre o lucro do Bradesco, atribuído pelo banco à base de clientes, que teria contribuído com o aumento dos empréstimos entre pessoas físicas e empresas de pequeno e médio porte, Semy afirma que não há outra explicação: a transferência de riqueza dos clientes, consumidores, para uma única instituição privada. “Por isso precisamos, sociedade civil e classe política, refletir a respeito e pensar em alternativas, pois não podemos perder de vista a luta por um modelo de desenvolvimento que tenha o homem no centro das preocupações, e não o mercado, como pregam e agem os neoliberais”, completa.
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