Ao acompanhar a polêmica sobre as gratuidades e o risco de corte de passes de estudantes no transporte coletivo de Campo Grande, o deputado estadual Semy Ferraz (PT) declarou, neste 18 de fevereiro, que a solução seria abrir as contas das empresas de ônibus. Para ele, antes de acabar com as gratuidades, sobretudo o passe dos estudantes, é preciso abrir a “caixa preta” das empresas e tornar público os elementos das planilhas de custos, pois certamente há muita “gordura” para cortar. “Não podemos admitir a possibilidade de acabar ou reduzir a 50% o passe do estudante, pois é evidente que grande parte dos alunos não tem como estudar sem a gratuidade”, argumentou. <BR><BR>Semy também criticou a atuação da Agência Municipal de Regulação, que não estaria conseguindo analisar e controlar o lucro abusivo dos empresários, questionando: “Por que Campo Grande tem a passagem mais cara dos pais? Por que nossos ônibus andam superlotados? E por que não ampliam a integração, para garantir que os usuários paguem apenas uma tarifa?”. O deputado cobrou um posicionamento mais firme da Câmara de Vereadores da capital e disse que, mesmo a questão não sendo da esfera do Legislativo estadual, a Assembléia vai acompanhar de perto os desdobramentos e mobilizar a sociedade contra “assa situação esdrúxula e contraditória”.
