Assembléia cria comissão para encontrar solução para pesca profissional

23/02/2005 - 15:07 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<P><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>Aproximadamente 400 pescadores profissionais compareceram à sessão ordinária da Assembléia Legislativa para protestar contra o fim da atividade em Mato Grosso do Sul. Eles exigem a revogação do decreto que proíbe o uso do anzol de galho e a pesca do corumbatá. Os deputados, a pedido do líder do PTB, Akira Otsubo, aprovaram a criação de uma comissão especial para acompanhar as negociações do grupo com o Governo estadual. A primeira reunião dos pescadores e da comissão especial com o representante do Estado, o assessor da Superintendência Estadual de Pesca, Paulo Henrique Oliveira Franco, começou há pouco no plenarinho da Casa.</FONT></P><P><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>O presidente da Federação dos Pescadores de MS, Estevão de Queiroz Miranda, ocupou a tribuna, a pedido de Akira e com o aval dos líderes partidários, para apresentar as reivindicações. Miranda estima que o Estado conta com 5 mil pescadores profissionais distribuídos em nove colônias (Corumbá, Coxim, Miranda, Aquidauana, Fátima do Sul, Mundo Novo, Bonito, Três Lagoas e Porto Murtinho). "Cerca de 30 mil pessoas tiram o seu sustento da pesca profissional, sem considerar as demais atividades ligadas, como venda de iscas, de peixes e de gelo", afirmou Miranda.</FONT></P><P><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>Akira Otsubo afirmou que a Superintendência de Pesca deveria fomentar e não acabar com a atividade no Estado. "Nós respeitamos a decisão do governador, mas ele deve estar mal informado para deixar o decreto, porque milhares de famílias dependem dessa atividade", afirmou o parlamentar. Ele avaliou que o atual superintendente, Thomaz Liparelli, está trabalhando na contramão, pois deveria fomentar a pesca e não exterminá-la através de decreto. </FONT></P><P><STRONG><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>CONSELHO DE PESCA</FONT></STRONG></P><P><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>O deputado Antônio Carlos Arroyo (PL) afirmou que o principal problema é a falta de paridade na representação do Conselho Estadual de Pesca (Conpesca). "Nós aprovamos uma lei de Pesca, que foi distorcida", denunciou o parlamentar, que ocupou a tribuna para defender uma solução para a pesca profissional. "O PSDB é contra medidas de cima para baixo, sem ouvir a categoria", afirmou o deputado Valdir Neves.</FONT></P><P><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>O deputado Semy Ferraz (PT) afirmou que a decisão do Governo tem a finalidade de proteger os recursos pesqueiros dos rios de Mato Grosso do Sul. A Sema vem incentivando a prática do pesque e solte e a criação de peixes em cativeiro. "É uma medida articulada com a sociedade", afirmou, sobre a proibição do anzol de galho. Ferraz acha muito difícil o Governo recuar da decisão.</FONT></P><P><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>O presidente da Colônia dos Pescadores de Bonito, Maureovani Rigotti, 49 anos, disse que a categoria está mobilizada para manter a atividade. Os pescadores garantem que o decreto não foi aprovado no Conselho de Pesca. Durante reunião no plenarinho, presidentes das colônias afirmaram que o Conpesca rejeitou em quatro ocasiões a proibição do anzol de galho. </FONT></P><P><FONT face=Verdana size=2>Na reunião com os deputados, Liparelli enviou representante porque está com problemas de saúde e realizando exames médicos, informou o líder do Governo na Casa, Pedro Kemp (PT). </FONT></P>
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