<P>"O momento é de refletir, repensar, não temos nada para comemorar hoje", relatou a deputada Bela Barros (PDT) indignada com a atual situação das aldeias indígenas de Mato Grosso do Sul durante a sessão realizada hoje na Assembléia Legislativa. Por mais de vinte minutos, no dia em que se comemoraria o "Dia do Índio", a deputada disse que os indígenas não têm o que comemorar. "Comemorar o quê? A morte, fome, a miséria e falta de condições nas reservas?, indagou Bela Barros (PDT), que apresentou medidas que podem estar sendo implantadas para a melhoria nas condições de vida dos índígenas.</P><P>De acordo com a deputada, os índios realmente querem trabalhar, eles necessitam de um programa de incentivo, condições de trabalho, tais como maquinário e insumos, subsídios, para que os indígenas possam plantar e conseqüentemente produzir alimentos para o próprio consumo e até mesmo para garantir a renda familiar. Outra alternativa apresentada pela deputada, seria a implantação de centro comercial de artesanato manufaturados pelos índios. "Poderia ser implantado, por exemplo, dentro das aldeias ou até mesmo às margens das rodovias e centros onde seriam comercializados os artesanatos produzidos nas reservas indígenas", acrescentou.</P><P>Questionada sobre a questão do alcoolismo nas aldeias, a deputada atribuiu o problema a osciosidade: "se eles não tem condições de produzir nada durante o dia, frustados, acabam ingressando no alcoolismo". Bela Barros (PDT) ainda informou que discussão sobre a demarcação das terras também é muito importante, porém de nada adiantará se os índios não obtiverem condições para produzir. "São necessárias medidas mais concretas, como a implantação dos programas de incentivo", citados a cima.</P>
