Fome e morte não são razões para comemoração, diz Bela Barros.

19/04/2005 - 19:22 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<P align=justify>&nbsp;&nbsp;&nbsp; <STRONG><EM>A Deputada pediu construção de Centro Comercial e Cultural na Reserva </EM></STRONG></P>
<P align=justify><STRONG><EM>&nbsp;&nbsp;&nbsp; </EM></STRONG>A <STRONG>Deputada Bela Barros&nbsp;(PDT)</STRONG>&nbsp;afirmou em pronunciamento, na Assembléia, que os índios não têm razão nenhuma para comemorar o dia 19 de abril Vivendo em situação de miséria, fome e sob o espectro da morte, para a parlamentar os índios devem cobrar das autoridades uma ação mais eficaz no combate a esses problemas. Uma das soluções apontadas por ela para amenizar a situação de pobreza dos índios da Reserva de Dourados é a construção de um Centro Comercial e Cultural Indígena.</P>
<P align=justify>&nbsp;&nbsp; &nbsp;O pronunciamento foi feito durante a sessão e foi o tema central das discussões na Assembléia. Bela Barros destacou a necessidade de utilizar o dia do índio como uma data para reflexão sobre os vários problemas enfrentados pelas comunidades, no que foi apoiada por todos os parlamentares. </P>
<P align=justify>&nbsp;&nbsp;&nbsp; A deputada criticou afirmações feitas pelo presidente da Funai, Mércio Pereira Gomes de que a situação nas aldeias melhorou com o início das atividades da Funasa no atendimento ao índio. Para Bela a afirmação não é verdadeira pois os índios continuam enfrentando a fome, a miséria e Morrendo em conseqüência da desnutrição. </P>
<P align=justify>&nbsp;Queremos nas aldeias ações de baixo custo e que não representam quase nada para as administrações, mas que com certeza significam muito para as comunidades indígenas, salientou a deputada. </P>
<P align=justify>&nbsp;&nbsp;&nbsp; Ela pediu ainda a construção de um Centro Comercial e Cultural Indígena como forma de dotar a Reserva de Dourados de um espaço para comercialização do artesanato das comunidades que ali residem. Esse Centro, além de funcionar como pólo de comercialização de produtos artesanais, será também onde os indígenas se concentrarão para atender o setor de turismo na aldeia, de uma forma humana e racional de mostrar suas cultura através da dança, música entre outras manifestações. </P>
<P align=justify><STRONG>&nbsp;&nbsp; DISTRIBUIÇÃO DE ARTESANATO </STRONG>- A deputada distribuiu, durante a sessão, artesanato feito pelos indígenas de Dourados, para demonstrar que é possível a geração de renda complementar com os trabalhos manuais feitos pelos índios. Estou fazendo isso para mostrar que os índios são trabalhadores habilidosos com trabalhos manuais e podem ajudar no sustento de suas famílias com a comercialização deste objetos, observou Bela Barros.</P>
<P align=justify>&nbsp;&nbsp; &nbsp;<STRONG>DELEGACIA DO ÍNDIO -&nbsp;</STRONG>A deputada protocolou ainda, durante a sessão, projeto de decreto legislativo autorizando o Poder Executivo a criar, no âmbito da Secretaria de Justiça e Segurança Pública, a Delegacia de Atendimento ao Índio. Ao justificar seu projeto, Bela assegurou que o Mato Groso do Sul precisa cumprir o que estabelece sumula do Superior Tribunal de Justiça que enfatiza ser de competência da justiça comum estadual processar e julgar crimes em que o indígena figure como autor ou vítima. </P>
<P align=justify>&nbsp;&nbsp;&nbsp; A inexistência de uma Delegacia do Índio impõe a uma das maiores comunidades indígenas do País uma série de constrangimentos, uma vez que devido a diferenças culturais os índios terminam sendo lesados em seus direitos. Bela diz que é salutar que o Mato Grosso do Sul inove mais uma vez, como fez ao criar a Delegacia da Mulher, ao criar um organismo específico para atendimento ao índio. O projeto da deputada deverá ser votado na próxima semana depois dos pareceres de comissões. </P>
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